quarta-feira, junho 13, 2007

SEGUNDO A OMS

COM MELHOR AMBIENTE PODERIAM EVITAR-SE
15000 MORTES POR ANO, EM PORTUGAL

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a primeira análise por país dos efeitos dos factores ambientais na saúde. Os dados revelam profundas desigualdades, mas mostram também que a melhoria das condições ambientais permitiria melhorar a saúde, em todos os países. 13 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas com melhorias nas condições ambientais.
Em relação a Portugal, a OMS calcula que poderiam evitar-se 15000 mortes por ano.

A OMS baseou-se nas estatísticas de saúde nacionais de 2004 e concluiu que os problemas ambientais estão relacionados com 14% das doenças registadas em Portugal, causando a morte a 15 mil pessoas por ano, pelo menos. A OMS salienta ainda que morrem anualmente 1900 portugueses, por doenças directamente relacionadas com as más condições atmosféricas. Os problemas ambientais provocam infecções respiratórias, cancro e doenças cardiovasculares, entre outros problemas de saúde. O cancro, em particular o do pulmão, é responsável por grande parte das mortes.

RISCOS PARA A SAÚDE
Entre os riscos para a saúde ligados ao ambiente a OMS destaca: poluição, doenças profissionais, radiações ultravioleta, poluição sonora, métodos empregues na agricultura, alterações climáticas e modificações do ecosistema, tipo de construção e comportamentos.Os países com mais baixo rendimento são os mais vulneráveis aos factores ambientais que têm uma incidência sobre a saúde. Segundo revela a OMS, as populações destes países perdem cerca de vinte vezes mais anos de vida com boa saúde, por pessoa e por ano, que as dos países mais ricos.
No entanto, a OMS salienta também que todos os países sofrem com as consequências das condições ambientais na saúde e sublinha que, mesmo nos países onde o ambiente é mais saudável, cerca de 1/6 das doenças poderiam ser evitadas e alguma melhoria ambiental permitiria lutar eficazmente contra as doenças cardiovasculares e os ferimentos provocados por acidentes rodoviários.
A falta de qualidade da água, incluindo o saneamento e a deficiente higiene, e a poluição no interior das habitações, devido ao uso de combustíveis fósseis para a preparação de alimentos e o aquecimento, são responsáveis por mais de 10 por cento das mortes em 23 países. As crianças com menos de cinco anos são as principais vítimas, representando 74% das vítimas de diarreias e de infecções respiratórias.

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