REFORÇADA A VERBA PARA ASSESSORIA JURÍDICA:CERCA DE MIL CONTOS POR MÊS PARA UM GABINETE DE JURISTAS
Mensalmente saem dos cofres municipais cerca de mil contos, para pagar uma assessoria jurídica contratada com uma firma de Lisboa. Esta empresa tem um contrato de avença com a Câmara do Entroncamento.
Para pagar esta avença durante este ano, estavam inscritos em orçamento municipal quase 50 mil euros. Como, pelos vistos, este montante seria insuficiente, a respectiva rubrica acaba de ser reforçada, ascendendo agora a cerca de 55 mil euros, mais ou menos 11 mil contos para todo o ano. A proposta, saída do PSD, foi aprovada com os votos exclusivos dos proponentes, na última sessão de Câmara.
Do ponto de vista do Bloco, este elevado montante não se justifica, mais a mais numa Câmara com evidentes dificuldades financeiras. A nosso ver, o contrato com a firma de assessores jurídicos deverá ser rescindido.
PROPOSTAS POR EXPLICAR
Mas, para além da rubrica relativa à tal avença com juristas, esta proposta PSD para uma terceira alteração orçamental inscrevia transferências financeiras aparentemente inexplicáveis.
É claro que os mapas relativos á alteração ao orçamento municipal explicitavam de onde e para onde ia o dinheiro. Só não explicavam, nem tinham de explicar, os porquês. Isto é, não davam explicações políticas. Mas essas, também o PSD não as deu ---- e deveria ter dado.
De facto, como se explica que em Junho já estejam a ocorrer transferências orçamentais para pagar telefones? Ou subsídios de férias? Ou para pagamentos à ADSE? Tudo isto verbas previsíveis que não esgotam assim tão rapidamente as respectivas rubricas.
Como não foram dadas quaisquer explicações o Bloco votou contra esta alteração terceira orçamental. O PS, depois de fazer críticas idênticas às do Bloco, acabaria por se abster na votação final.
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