quarta-feira, maio 05, 2010

CÂMARA DO ENTRONCAMENTO
CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES NA FERROVIA
A Câmara Municipal do Entroncamento manifestou-se contra as privatizações previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o sector ferroviário. Esta tomada de posição resulta de uma Moção nesse sentido proposta pelo vereador do BE, Carlos Matias, e aprovada por maioria, na última reunião do executivo municipal. Bloco de Esquerda e PSD votaram a favor da Moção, enquanto os dois vereadores do PS optaram pela abstenção.
Nos seus considerandos, o documento aprovado recorda que o "sector ferroviário é tradicionalmente público, mesmo em regimes conservadores, pois essa é a única forma de garantir a homogeneidade dos transportes e comunicações no conjunto do território nacional e o acesso às mesmas em regiões afastadas dos grandes centros."
A Moção apresentada pelo Bloco lembra ainda que "as mais radicais experiências neoliberais de privatização do sector ferroviário, nomeadamente em Inglaterra no consulado Thatcher, produziram resultados desastrosos até em termos de segurança, tendo custado imensas vidas humanas."
"A submissão estratégica deste sector vital a interesses privados traduzir-se-á inevitavelmente pelo fecho de novas linhas de comboio, agravando uma tendência que já se vinha a verificar nos últimos anos e acelerando o processo de desertificação do interior"--- considera ainda o texto aprovado.
No que directamente respeito ao Entroncamento, "este caminho traduzir-se-á no enfraquecimento de um sector económico vital e por um forte ataque aos direitos dos trabalhadores ferroviários, ainda hoje muito numerosos no concelho."

terça-feira, maio 04, 2010

O BLOCO COMEMOROU O 25 DE ABRIL
Um almoço de confraternização reuniu no Botequinm cerca de 70 filiados e amigos do Bloco. Conversámos, reencontrámos amigos e ouvimos intervenções alusivas á data. Depois de uma berve introdução por Carlos Matias, falaram a Sara Cura, do Secretariado da Coordenadora Distrital, e o deputado José Gusmão.

O Reinaldo Amarante esteve lá, fez as fotos e, depois, montou o diaporama abaixo. Para o ano, haverá mais!

segunda-feira, maio 03, 2010

EM NOME DO BLOCO DE ESQUERDA

ANABELA CAVALHEIRO NA SESSÃO SOLENE DO 25 DE ABRIL:
"HÁ MADRUGADAS QUE AINDA FALTA CUMPRIR"
A jovem autarca do Bloco começou por se identificar com a Revolução."Somos os homens e as mulheres da madrugada de Abril. Somos dos que o fizeram e dos que o viram fazer. Estivemos lá nesse tempo de convulsão e salto em frente, como outros grandes que marcaram a nossa História: 1143, o 1º de Dezembro de 1640, 5 de Outubro de 1910. Na nossa história pessoal, há um antes e um depois, porque esta é a grande data da nossa época e da nossa história recente enquanto Povo."
Depois explicou por que, apesar de tudo, hoje é difícil falar em Alegria, Fraternidade, Igualdade, Liberdade.
"É dificil pensar em Alegria quando o fantasma do desemprego espreita à janela ou entra pela porta de muitos lares --- só no Entroncamento, há perto de 800 desempregados, um drama social que atinge milhares de pessoas. É difícil pensar em Alegria quando se conjuga na primeira pessoa o verbo diminuir nos salários, nas deduções com a educação e a saúde, enquanto se multiplica o valor do combustível, da conta do supermercado...
É difícil pensar em Fraternidade quando o chamado Programa de Estabilidade e Crescimento prevê a privatização serviços desde sempre públicos, como a ferrovia e os CTT, essenciais para garantir as comunicações no conjunto do território e a igualdade de acesso nas regiões afastadas dos grandes centros”.
É difícil pensar em Igualdade, quando decorre o centenário sobre o Dia Internacional da Mulher, mas as mulheres apesar de serem mais escolarizadas continuam a aceder menos aos postos mais altos dos quadros nas empresas e a serem discriminadas." É difícil falara de Liberdade, "quando insidiosamente se procura calar as vozes mais incómodas que se atrevem a noticiar aspectos que não convém virem a público."


"ABRIL RESISTE E ESTÁ AQUI
Anabela Cavalheiro aprsentou, no entanto, uma visão optimista do futuro. "Contudo Abril resiste e está aqui, presente e vivo na alma de cada um para sentir a Alegria, por ver que o povo ainda sabe sair à rua quando os seus direitos são postos em causa; a Fraternidade na sociedade civil que está viva e de boa saúde: nas inúmeras associações culturais e desportivas e nos movimentos dos trabalhadores. Está viva para anonimamente se juntar e limpar Portugal, na alegria de ver o esforço conjunto dar frutos; a Igualdade também, no direito à participação na coisa pública e no acesso aos estudos finalmente, a Liberdade para enquanto povo sermos senhores do nosso destino e responsáveis pela escolha das nossas decisões, responsáveis pelo uso que simbolicamente damos às nossas mãos como tão bem diz Manuel Alegre, o poeta que em tantas circunstâncias soube --- e sabe! --- interpretar as mais fundas aspirações do nosso povo
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."
A terminar, Anabela Cavalheiro fez votos de que a memória não nos atraiçoe, #porque há madrugadas que ainda falta cumprir."