segunda-feira, abril 30, 2007

NO ENTRONCAMENTO, "DE HORA A HORA, A CP PIORA"

MENOS COMBOIOS
SEM LUGARES SENTADOS
MAIS CAROS
MAIS LENTOS

EIS O PROGRAMA DA CP, PARA O SERVIÇO FERROVIÁRIO À NOSSA CIDADE

A administração da CP procedeu recentemente, a alterações no fluxo e no horário de comboios entre Entroncamento e Lisboa, mudanças que estão a gerar compreensíveis protestos.
Reduziu para dois em cada sentido, o número de comboios alfa a parar na nossa cidade.A maior parte do dia ficamos a vê-los passar. E mesmo nos que param, o preço dos bilhetes para Lisboa subiram de 12 para 15 euros, mais 25%! Em contrapartida, aumentou o número de comboios intercidades. O saldo, neste segmento da oferta de comboios acaba por não ser demasiado penalizador
No entanto, já no que se refere aos comboios regionais e inter-regionais--- os mais utilizados por razões laborais --- aí as mudanças foram francamente negativas.


PIOR EM TODA A LINHA
A oferta matutina de transporte foi reduzida, levando a que as composições circulem completamente lotadas e com passageiros em pé. Os tempos de percurso aumentaram 10 a 15 minutos, devido ao resguardo de composições, durante o trajecto, para dar passagem aos alfas. À tarde, no regresso, os comboios intercidades são uma alternativa, mas muito mais onerosa, pois é preciso pagar pesados suplementos que vão até 4 euros por viagem. Quem é que pode fazê-lo todos os dias?
Ao fim de semana, a situação global ainda se agravou mais, com cortes drásticos na frequência das circulações. Podemos dizer, sem o risco de exagerar, que deixa de existir a "ponte" ferroviária, para Lisboa

O INTERESSE PÚBLICO TEM DE PREVALECER
Estas mudanças no fluxo e nos horários dos comboios regionais e inter-regionais, entre Lisboa e o Entroncamento sao um grave retrocesso e inadmissíveis
O transporte ferroviário, mais económico e menos poluente, tem de ter uma oferta cabal em todos os segmentos e não só naqueles (como os alfas) que são lucrativos. O interesse público exige uma oferta global com frequência, conforto e preço acessível a quem os utiliza para ir trabalhar,
Mais uma vez se evidencia a necessidade do alargamento da coroa do passe social, na ferrovia, até ao Entroncamento. O volume de passageiros transportados diariamente, em movimentos pendulares, há muito o justifica.

sábado, abril 28, 2007

NO PARLAMENTO

BLOCO APRESENTA MEDIDAS
CONTRA A VIOLÊNCIA DE GÉNERO

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda entregou na Mesa da Assembleia da República, um projecto de lei destinado a proteger as vítimas de violência de género.
Entre as medidas preconizadas, destaca-se o fim das referências sexistas nos manuais escolares, a criação de um Conselho Nacional de Luta contra a Violência e de unidades especiais para a violência de género, dotadas de "magistrados com experiência nesta area". O Bloco de Esquerda lembra que, em 2006, foram assassinadas 37 mulheres por maridos e companheiros.

O projecto-lei do Bloco de Esquerda destina-se a actuar "contra as situações decorrentes das formas de violência fundadas em situações de desigualdade e relações de poder que limitem ilegitimamente o gozo e livre exercício dos direitos humanos de uma pessoa por outra que com ela mantenha ou tenha mantido uma relação afectiva baseada na coabitação e originada pelo casamento ou união de facto, ou outras similares, ainda que sem convivência".

Veja o projecto-lei em pdf

quinta-feira, abril 26, 2007

CARA NOVA NA BANCADA DO BLOCO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL REÚNE
SEGUNDA-FEIRA QUE VEM

A partir das 9 da noite, a seguir ao período antes da ordem do dia e à intervenção do público, a Assembleia Municipal entrará logo no verdadeiro "prato forte" desta sessão: a apreciação e votação da prestação das contas do município, relativas a 2006.

Para esta sessão, excepcionalmente, a bancada do Bloco de Esquerda na Assembleia irá apresentar uma composição inédita: além dos "habituais" Carlos Matias e Luís Grácio, Reinaldo Amarante (na foto) completará a equipa, participando numa sessão da Assembleia Municipal pela primeira vez.
Reinaldo Amarante é professor de Educação Física na Escola Secundária e muito conhecido de alunos e desportistas locais.

Mas a ordem de trabalhos da próxima segunda-feira ainda contempla a eventual alteração do horário dos estabelecimentos de venda ao público e de serviços, bem como o Regulamento de comércio a retalho, exercido por feirantes.
Será ainda também discutida e votada uma proposta do executivo municipal, para alienação de terrenos.
Como de costume, a sessão finalizará com a informação do Presidente da Câmara sobre a actividade do município.

quarta-feira, abril 25, 2007

SESSÃO DO 25 DE ABRIL PROMOVIDA PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

" O 25 DE ABRIL E O QUE ELE REPRESENTA SÃO TAMBÉM O NOSSO TEMPO!"

- afirmou Carla Roma Oliveira, em nome do Bloco de Esquerda, na sessão solene do 25 de Abril, na Assembleia Municipal do Entroncamento

Transcrevemos a seguir a intervenção completa da jovem deputada municipal bloquista. Os subtítulos e os sublinhados foram colocados exclusivamente para esta edição, em blogue.


Muitos de nós, que ainda não havíamos nascido em 74, guardamos do 25 de Abril as memórias que herdámos dos nossos pais e da geração anterior à nossa.
O que nos chega, por vezes em imagens redutoras, são os relatos de um tempo exaltante, em que caiu uma ditadura asfixiante e velha de 48 anos e em que se abriram as portas da Liberdade, para uma nova era mais clara e mais límpida.
Mais do que um simples golpe de estado, o 25 de Abril desencadeou um amplo movimento revolucionário que deixou marcas democráticas que ainda hoje subsistem, apesar da sua contínua erosão.
As leis da vida não nos permitiram viver directamente essa época. Mas, renovando-se as gerações, permanece viva e actual essa ânsia de liberdade, de democracia, de progresso, de participação, de bem-estar, de estabilidade e de paz.
Por isso celebramos o 25 de Abril de 1974, essa página tão próxima e tão marcante da nossa história --- e por isso, o 25 de Abril e o que ele representa são também o nosso tempo!

OUTRO TEMPO, OUTROS COMBATES
O nosso país e o mundo mudaram profundamente, desde 74 e 75. Hoje, a defesa dos ideais progressistas do 25 de Abril, configura novos combates, com outros protagonistas e por distintas formas.
As gerações do 25 de Abril resolveram tomar em mãos o seu futuro.
Aí está uma bandeira hoje perfeitamente actual!

A minha geração é a geração precária, dos trabalhadores a prazo, a recibo verde ou em trabalho temporário. Há dezenas de milhares de licenciados no desemprego entre os mais de quinhentos mil desempregados. Trabalho com direitos e um futuro garantido --- eis a única forma de assegurar uma cidadania plena e a liberdade.
Em relação a 74, muito mais gente vive hoje nas cidades. Basta olhar para a nossa cidade--- que nem por ser muito maior do que em 74 passou a ser um local mais agradável, onde a qualidade de vida impera e a cidadania encontra um espaço para a sua vivência plena.
Prevalece a construção desenfreada, a falta de equipamentos colectivos e de espaços verdes. Os espaços para equipamentos de fruição colectiva estão a ser alienados mediante compensações por áreas não cedidas, reforçando a “betonização” e agravando as condições de vida. A casa da juventude, espaço de acolhimento e de criação livre destinado aos mais novos continua uma esperança adiada.

O MERCADO CONTRA OS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS
O Sistema Nacional de Saúde foi uma conquista da Revolução de Abril e um enorme progresso. Mas esse avanço está a ser comprometido com o progressivo encarecimento no acesso ao sistema e, na nossa cidade, pela falta de médicos.
O direito democrático á saúde é uma exigência de sempre --- de 1974 e de agora!
Aliás, a redução da oferta de serviços públicos é uma afronta às transformações progressistas após o 25 de Abril.
O mercado, entidade abstracta que esconde o mundo das negociatas e dos lucros fabulosos geradores de brutais desigualdades, quer abocanhar tudo. Até a água querem privatizar, estimulando o consumo em vez da poupança desse recurso essencial.
Contraditoriamente, é hoje mais claro do que em 74 que o futuro do nosso país e do nosso planeta passa pela preservação ambiental. Algumas medidas vão sendo tomadas, mas há um longo caminho a percorrer. Também ao nível municipal há que tomar novas iniciativas para poupar energia e para promover a utilização de energias renováveis.

UMA CONTRADIÇÃO ESTÁ A MATAR O SONHO
Vivemos numa época difícil, que as gerações mais jovens vivem de uma forma muito particular.
Por um lado, são vítimas do trabalho precário, do desemprego, dos baixos salários e da ausência de projectos consistentes para o futuro.
Por outro lado são o alvo privilegiado de variadíssimas propostas para o lazer, de um convite permanente ao consumo, de uma agressiva e vasta oferta de produtos e de serviços.
Esta contradição lança muitos na vivência ao máximo de cada momento presente, do que “está a dar” e do “ir vivendo” perigosamente nos limites.
Mas, sobretudo, esta contradição está a matar por dentro um aspecto crucial para o desenvolvimento de qualquer país: está a matar a esperança e o sonho, está matar a criatividade e o entusiasmo de quem, tendo a vida pela frente, é empurrado para o limbo de uma sobrevivência sem perspectivas.


PARTICIPAR E LUTAR FORAM A MARCA DE GERAÇÕES QUE FIZERAM O PROGRESSO
Em Abril de 74, jovens militares interpretaram perfeitamente a ânsia de liberdade, democracia, paz e progresso de um país. Sonharam um país melhor, lutaram por ele e ganharam.
Nós, cidadãos e as cidadãs de hoje, teremos de encontrar as novas formas de participar e transformar a vida, lutando também pelo futuro --- e ganhando-o.
Participar e lutar colectivamente foram a marca de gerações que fizeram o progresso.
Apelo às novas gerações para que hoje esses exemplos sejam seguidos. Celebrar o 25 de Abril, como o fazemos hoje, precisa mais do que nunca dessa cumplicidade entre diferentes gerações de lutadores
Viva o 25 de Abril !

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ALMOÇO DE 25 DE ABRIL PROMOVIDO PELO BLOCO
Um almoço de confraternização e celebração do 25 de Abril, juntou mais de 40 participantes, num restaurante do Cardal. Como previsto, confraternização, boa disposição e a política do Bloco, estiveram no centro da iniciativa. Para o ano, há mais!.

terça-feira, abril 24, 2007

ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAV EIFFEL COM ACTIVIDADES ALUSIVAS AO 25 DE ABRIL

"MAIS CIDADANIA E MAIS LIBERDADE EXIGEM TRABALHO PERMANENTE E COM DIREITOS" -- defendeu o deputado municipal bloquista Carlos Matias, no debate desta terça-feira, à tarde

A Escola Profissional promoveu durante a tarde desta terça-feira, no Cine-Teatro S. João, um evento relacionado com o 25 de Abril. Houve declamação de poemas, música, uma intervenção do poeta e escritor torrejano Hugo Santos e um debate com a participação de vários partidos. Na mesa estiveram representantes do Bloco de Esquerda, de "Os Verdes", do PCP e do PSD. O PS não se fez representar. O Bloco esteve representado pelo deputado municipal Carlos Matias.
Carlos Matias trouxe aos muitos jovens presentes alguns exemplos vivos do que era o fascismo, a partir das realidades locais. Prestando uma homenagem aos que há 33 anos, se levantaram contra o regime, sublinhou que o 25 de Abril havia sido uma bela página na luta pela Liberdade --- mas uma página de um livro que continua a escrever-se. Homenageou também os que, ao longo de décadas, lutaram pela Liberdade e não chegaram a ver o dia 25 de Abril. "Tiveram razão antes de tempo, mas sem eles a liberdade não teria sido ganha", sublinhou.
Dirigindo-se directamente aos muitos jovens presentes no Cine-Teatro S. João, Carlos Matias afirmou que também hoje é preciso lutar por mais Liberdade e mais Cidadania, mesmo que às vezes pareça que se luta "antes do tempo".

COM A PRECARIEDADE, OS JOVENS NÃO SÃO LIVRES.
SE NÃO SÃO LIVRES, NÃO USUFRUEM DA SUA CIDADANIA POR INTEIRO
A propósito, perguntou que Liberdade terá para ter opinião um jovem com um contrato precário ou temporário. "Se disser algo que não agrada ao patrão, vai para a rua e fica sem salário!" Portanto, os jovens desempregados e as vítimas das inúmeras formas de precariedade não têm liberdade plena e, portanto, têm a sua cidadania truncada.
Para eles, ainda há um 25 de Abril por cumprir, só possível qunado tiverem um trabalho permanente, com salário e direitos. Trabalho com direitos e para a vida não não pode ser algo que "passou de moda" (como por vezes se ouve) mas uma exigência justa, na ordem do dia -- hoje, como em 25 de Abril de 74.
A intervenção do Bloco foi bem acolhida pelos jovens da Gustav Eiffel.

segunda-feira, abril 23, 2007

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE Nª Sª DE FÁTIMA

VERGÍLIO RAFAEL INSISTE
NO REFORÇO DA SEGURANÇA
Vergílio Rafael, autarca da Assembleia de Freguesia de Nª Sª de Fátima eleito do Bloco de Esquerda, aproveitou a última sessão daqule orgão para alertar novamente para o estado em que se encontra a zona envolvente ao depósito da água da zona norte.
Situado numa parte alta da freguesia e servindo toda a cidade, o depósito encontra-se numa zona com uma vedação insuficiente, com uma iluminação precária, sem vigilância e coberta de mato.
Trata-se de um problema de insegurança que, indirectamente, pode ter consequências no abastecimento de água à cidade. Por essa razão, na opinião do autarca bloquista, deveria merecer cuidados muito especiais.
Segundo defendeu Vergílio Rafel, a zona envolvente ao depósito deveria ser limpa, bem iluminada e ter uma vedação mais robusta. Também deveriam ser instalados sistemas de vigilância permanente.
No entanto, os sucessivos alertas têm vindo cair em "saco roto" e, nesta última sessão da Assembeia de Freguesia, o Presidente da Junta de Freguesia parece não ter percebido o alcance do problema.
POUCO DINHEIRO PARA AS ESCOLAS
A Assembleia de Freguesia de Nª Sª de Fátima aprovaria as Contas e o Relatório de Gestão por maioria, com a única abstenção do PS. Este partido, apesar de na discussão ter assegurado que "não faria melhor", acabou por preferir demarcar-se... não se sabe bem de quê.
Apesar de alguns reparos, o Bloco também votou favoravelmente os documentos.
Um dos aspectos mais criticados foi o da baixa despesa com as escolas, apenas 6% do total das despesas. Segundo informou o Presidente da Junta de Freguesia, tal dever-se-á à falta de projectos das próprias escolas. De facto, dos 10350 euros orçados nessa rubrica, apenas foram gastos 4942 euros.

domingo, abril 22, 2007

MUDANÇA PARA PIOR, A PARTIR DO PASSADO DOMINGO

ALFAS PARAM MENOS NO ENTRONCAMENTO

A partir do passado domingo domingo, só param no Entroncamento dois comboios alfa, em cada sentido: um de manhã e outro à noite. Cinco circulações do Alfa passam sem parar.
Segundo afirma a CP, a redução de serviço do alfa terá sido compensada pelo aumento de circulação dos intercidades, entre Entroncamento e Lisboa. Passam de sete para dez paragens diárias, na nossa cidade.
Já quanto aos comboios regionais -- os mais baratos e, por isso, mais utilizados na região -- aí há uma redução, sem compensação de qualquer tipo. A oferta nos serviços mais utilizados é, pois, reduzida.
O motivo apontado para a diminuição da oferta no serviço alfa ao Entroncamento é o da sua pouca utilização e a necessidade de reduzir o tempo de percurso entre Lisboa e Porto, diminuindo o número de paragens nas estações intermédias.
Entretanto, marca passo a modernização da linha do norte, que permitiria reduzir esse tempo sema tal redução do número de paragens...
Está aqui à vista que as prioridades deste governo --- e das administrações que nomeia para as empresas públicas-- não são os serviços públicos, mas a "rentabilidade dos negócios". Efectivamente, sabe-se que, na CP, os serviços alfa e intercidades já dão lucros. Portanto, a oferta mantem-se sensivelmente ao mesmo nível. Como as circulações regionais são deficitárias, reduz-se o seu número sem cuidar dos prejuízos causados às populações. É o liberalismo, à moda do governo dito "socialista".

TORRES NOVAS

POPULAÇÃO QUER MÉDICOS DE FAMÍLIA

Cerca de oitenta pessoas de várias freguesias do concelho de Torres Novas manifestaram-se pelas ruas de Torres, ao final da tarde da última sexta-feira. Os moradores das freguesias de Pedrógão, Ribeira Branca e Meia-Via exigem que as respectivas extensões dos Centros de Saúde sejam dotadas de médicos de família.
A falta de clínicos está a privar de cuidados médicos muitos idosos das zonas rurais, com dificuldades de acesso ao Centro de Saúde, na sede do concelho.
Depois de percorrer algumas ruas do concelho vizinho, os manifestantes dirigiram-se à Câmara Municipal, onde pretendiam entregar um documento com as suas pretensões. No entanto, a ausência do Presidente da Câmara frustraria essa intenção. Acabariam por dispersar, depois de uma intervenção de um dirigente da Comissão de Utentes do Sistema Nacional de Saúde reafirmando as razões do protesto.

sábado, abril 21, 2007

COMISSÃO NACIONAL AUTÁRQUICA REÚNE NO ENTRONCAMENTO
A Comisão Nacional Autárquica do Bloco, liderada por Pedro Soares (autarca de Lisboa) reuniu este sábado na sede do Entroncamento. Desta Comissão faz parte o deputado municipal do Bloco Carlos Matias.
Em análise esteve a intervenção dos autarcas do Bloco em todo o país, bem como a preparação da próxima Convenção Nacional.
Foi ainda definido o conteúdo do próximo "Rede Local", boletim do Bloco para os autarcas e activistas locais, e distribídas as responsabilidades pelos materiais a inserir.

sexta-feira, abril 20, 2007

OPINIÃO

A NOITE E O RISO
A OPINIÃO DE JOÃO TEIXEIRA LOPES
Pacheco Pereira reiterou, recentemente na sua coluna no jornal Público, uma velha teimosia. Na verdade, sempre que se denunciam os crimes da extrema-direita, este intelectual orgânico do novo velho conservadorismo não resiste à tese dos espelhos.
Se a extrema-direita se torna potencialmente perigosa, tal deve-se, nem mais nem menos, aos culpados do costume: aos jornalistas, sedentos de negócios e audiências, e aos activistas de esquerda, que protestam contra algo que, de acordo com Pacheco Pereira, deveria ficar no silêncio da passividade e da resignação. De acordo com a teoria da amplificação e intensificação artificial da extrema-direita, os seus delitos, actos de propaganda e crimes não constituem, na verdade, preocupação. Desde que não se fale nele, o monstro não medrará.
Ver aqui o texto de opinião completo

SECRETARIADO DO BLOCO DEBATEU SITUAÇÃO POLÍTICA

E O PLANO É...
RESISTIR AOS ATAQUES DO GOVERNO

O Secretariado local (alargado) do Bloco reuniu recentemente para debater a situação política nacional e local. Transcrevemos abaixo o texto que serviu de base a essa discussão, muito participada e aprofundando aspectos diversos.
Em conclusão, foram planificadas diversas acções que iremos aqui divulgando, à medida que forem concretizadas.
Para já, a intervenção do Bloco de Esquerda na sessão comemorativa do 25 de Abril foi confiada à jovem deputada municipal bloquista Carla Roma (na foto, à esquerda)

GOVERNO PS, UM ATAQUE EM TODAS AS FRENTES
Após 2 anos de governação, acentua-se o perfil neo-liberal do executivo PS, com políticas fortemente liberalizadoras da economia e uma grande agressividade social.
Há dois anos, havia 412 mil desempregados; hoje, o seu número real ultrapassa o meio milhão. Cresce a precariedade, o “biscate”, o trabalho temporário, etc.
O governo ataca os trabalhadores em toda a linha, virando uns contra os outros e apresentando, ora uns ora outros, como “uns privilegiados”: São os do sector privado contra os do sector público, os mais velhos contra os jovens, os desempregados contra os empregados, etc.
O governo reduz e encarece o acesso aos serviços sociais essenciais, como o Serviço Nacional de Saúde. Diminui reformas e pensões. Mercantiliza e privatiza serviços essenciais, como o abastecimento de água.
A redução do défice é um pretexto justificativo para esta ofensiva liberal.
Esta política retira protagonismo aos partidos de direita, esvaziados de alternativa.
O PSD apaga-se, com um líder desnorteado e contestado internamente, à procura de demarcação. O CDS/PP consome-se em intrigas internas, à espera do “D. Sebastião” Paulo Portas.

LUTAS AMPLAS, MAS DEFENSIVAS
Apesar da grande amplitude e animada pela recente vitória no referendo do aborto, a resistência popular mantém um carácter muito defensivo. Ao dividir e atacar todos, o governo PS gerou medo e insegurança, o que limita o alcance das lutas sociais.
Por outro lado, o governo acompanha o seu ataque político com uma ofensiva ideológica: o aparelho de propaganda governamental apresenta as suas medidas retrógradas como “necessárias, inevitáveis” --- e até “da esquerda moderna”--- que “tocam a todos”. Estas ideias são falsas, mas colhem apoio em amplos sectores populares.

POLÍTICAS DO GOVERNO AJUDAM O PSD LOCAL
No Entroncamento, o PSD, com maioria absoluta na Câmara, move-se neste quadro global como “peixe na água”.
Carrega os munícipes com taxas; abre caminho à privatização da água; vende o espaço público ao desbarato, comprometendo o futuro; afunda as finanças municipais; restringe a democracia, apagando o funcionamento colectivo da Câmara. Alimenta o negócio dos loteamentos e facilita os favorecimentos. Cria dificuldades acrescidas ao funcionamento de colectividades e associações, cuja actividade quase ignora, desincentivando a política de parcerias.
As políticas do governo PS acabam por ser uma vantagem adicional, para o PSD local, ao constituírem-se como “bode expiatório” para a sua própria má gestão municipal.

O PAPEL DO BLOCO DE ESQUERDA
Neste quadro difícil, importa defender valores, como a democracia, a solidariedade, a transparência, o rigor, a prevalência do interesse público sobre os interesses privados, a defesa dos trabalhadores e dos sectores sociais mais fracos e excluídos, a defesa dos serviços públicos para todos.
Cabe ao Bloco de Esquerda afirmar propostas alternativas, denunciar sistematicamente abusos e atropelos, apoiar movimentos populares, em luta por direitos.

quarta-feira, abril 11, 2007

MUSEU FERROVIÁRIO

PEDRA A PEDRA

Nesta quinta-feira, às 11 horas, será lançada na estação da CP a primeira pedra do edifício da “Redonda”. Esta construção visa recuperar a memória visual de um edifício implodido há alguns anos, e onde ao longo de décadas foram reparadas centenas de locomotivas ferroviárias.
No lançamento simbólico desta primeira pedra estará presente a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.
Não sabemos se a Secretária de Estado trará também consigo os milhões, que há cerca de dois anos prometeu injectar nas oficinas da EMEF mas a que ninguém viu a cor.

CÂMARA VAI VENDER TERRENOS

MAUS NEGÓCIOS… “À PSD”

A maioria PSD da Câmara Municipal recusou a proposta do vereador do Bloco de Esquerda Henrique Leal, para que a própria câmara infra estruturasse e loteasse terrenos da área de cedência para posteriormente os vender.
Perante a declarada necessidade de captar receitas para os cofres municipais, que permitam comparticipar novos projectos no concelho, esta operação potenciaria o rendimento expectável e, adicionalmente, introduziria no tecido urbano loteamentos e projectos modelares.
A proposta do Bloco foi apresentada em alternativa à proposta do PSD. Na proposta que acabou por ser aprovada pura e simplesmente propõe-se a venda dos terrenos antes de loteados, entregando aos privados a totalidade das mais-valias decorrentes da operação de loteamento.Para Jaime Ramos “a Câmara não tem vocação para especulação imobiliária”. A dedução óbvia é que segundo o PSD, a vocação da Câmara será entregar os terrenos aos privados para especulação – o que vindo dali já não é novidade. Por outro lado a operação de venda, tal como foi imposta pela maioria PSD, acaba põe revelar o carácter hipócrita das crónicas lamentações

domingo, abril 08, 2007

FESTAS DA CIDADE

ASSOCIAÇÕES VOLTAM A PAGAR "TASQUINHAS"

O Presidente da Câmara reuniu com as associações do concelho, apresentou-lhes as condições de participação (presença com pagamento do espaço) e colocou-as perante a necessidade de decisão sem lhes dar conhecimento do Programa das Festas, elemento importante para a consideração de eventual participação.
De registar que até à data o executivo camarário não tomou qualquer decisão acerca das condições em que as associações vão participar nas Festas da Cidade, uma vez que tendo o referido ponto estado à discussão na última reunião do executivo dia 2007/04/02, foi adiado para próxima reunião do executivo.
VÃO ABRIR NO ENTRONCAMENTO QUATRO LOJAS D' "OS MOSQUETEIROS"

O grupo "Os Mosqueteiros" vai abrir 4 lojas das insígnias – Intermarche; Bricomarche; Vetimarche e Roady, as quais cobrem diversas áreas de negócio, nomeadamente área alimentar, “bricolagem”, vestuário e sector automóvel.
O novo mercado de "Os Mosqueteiros" irá situar-se na zona do Formigão, próximo do recinto multiusos.

segunda-feira, abril 02, 2007

COMUNIDADE URBANA DO MÉDIO TEJO

BAIXA REALIZAÇÃO EM 2006

O Relatório de Gerência e as Contas da Comunidade Urbana (Comurb) do Médio Tejo relativas a 2006, apesar de transparentes --- ou por isso mesmo… --- revelam uma baixa taxa de realização dos projectos em curso. Ambos os documentos foram discutidos e aprovados por maioria na Assembleia da Comurb, no sábado passado, em Tomar.
Infelizmente, aconteceu o que, de certa forma, já prevíramos na altura em que foi aprovado o Plano para 2006. Mais do que um Plano, tratava-se já então de uma “nuvem” de boas intenções, sem hierarquia de prioridades e sem grande exequibilidade.
Agora, verifica-se que dos 31 projectos previstos, 12 ficaram para trás, sem qualquer avanço. Correctamente, os recursos acabaram por ser concentrados no Projecto do “Médio Tejo Digital”. Mas, até nesse projecto, a taxa de realização ficou abaixo dos 50%.
As razões apontadas para tanta dificuldade foram as do costume: faltaram recursos humanos, faltaram recursos financeiros, houve constrangimentos orçamentais… Mas o Relatório de Gestão esconde o nome do principal responsável, o governo PS, que não financiou ou sub-financiou projectos importantes e, por outro lado, colocou entraves à contratação de mais funcionários.

PERGUNTAS SEM RESPOSTA
Apesar da concentração de recursos no Projecto do “Médio Tejo Digital”, ficou sem se saber se as parcerias adoptadas foram as mais correctadas. Nem se soube que balanço se faz dessas parcerias. Interpelado directamente sobre estes dois pontos pelo deputado bloquista Carlos Matias, o Presidente da Junta da Comunidade, António Paiva, preferiu rodear as as questões e não responder.
Sendo o Relatório e as Contas claros e sendo correctas as prioridades adoptadas, a baixa taxa de realização e a omissão de esclarecimentos levaram o Bloco de esquerda a abster-se na votação dois documentos. Curiosamente a CDU votou favoravelmente os dois documentos na Junta da Comunidade, mas também se absteve na Assembleia. Já o PS e o PSD votaram favoravelmente os documentos em ambos os órgãos, garantindo assim a sua aprovação por maioria
.

A CRISE É SÓ PARA ALGUNS

SAI DUMA COM 500 MIL DE INDEMNIZAÇÃO...
... E ENTRA NOUTRA COMO ADMINISTRADOR

O caso está a passar-se com um ex-administrador da Galpenergia, empresa participada pelo Estado, e de onde saiu há cerca de um ano. Rui Cartaxo, assim se chama o "sacrificado" quadro, que no ano passado abandonou a administração Galpenergia com 500 mil euros no bolso. A maquia foi recebida por conta de um ano como administrador, cujo mandato não chegou a cumprir integralmente, após mudança de accionistas.
Talvez condoído com a sorte deste "pobre desempregado", amanhã, quarta-feira, o Governo nomeia Rui Cartaxo para administrador da REN - Redes Energéticas Nacionais, empresa também participada pelo Estado e onde (presume-se) o Sr. Dr. terá regalias a condizer com a responsabilidade e o penacho.
A situação é considerada "normal" pelo Ministério das Finanças...