terça-feira, outubro 17, 2006

ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO HOPITALAR DO MÉDIO TEJO OUVIDA NO PARLAMENTO

SILVNO ALCARAVELA RESPONDEU A PERGUNTAS ...MAS DEIXOU MUITAS POR RESPONDER
Por iniciativa do Bloco de Esquerda, Silvino Alcaravela (SA), PresIdente da Administração do Centro Hospitalar do Médio (CHMT), foi na passada semana à Assembleia da República responder a perguntas dos deputados sobre a reestruturação do Centro Hospitalar.

Respondeu a muitas perguntas, mas deixou questões importantes am aberto.
Mais uma vez, prometeram divulgar os estudos em que se baseia a reestruturação e discuti-los com os orgãos autárquicos. Talvez, um dia destes... Para já, vão avançando as mudanças.

ENTRONCAMENTO NA REDE DE CUIDADOS CONTINUADOS
Silvino Alcaravela queixou-se de que a reestruturação tem sido prejudicada pelo clima de "turbulência regional", sem reconhecer que o secretismo do processo tem sido a principal fonte de problemas. Curiosamente, o PS da região exige a demissão de SA, mas no Parlamento o PS disse estar tranquilo e até saudou o trabalho efectuado no CHMT...

Permanece em aberto e ainda não assegurados os transportes entre as 3 unidades do CHMT: Torres Novas, Abrantes e Tomar. Há contactos com os bombeiros, mas não há nada certo. Assim como continua por assegurar que a porta de entrada do doente no CHMT será a mesma porta de saída --- uma exigência do Bloco que António Branco, da ARS do Vale do Tejo, já reconheceu ser justa.

Os cuidados continuados estão a ser garantidos em parceria com a Misericórdia do Entroncamento e estão a pensar converter mais algumas camas. Esta questão é muito importante e deve ser garantida ás 3 unidades do Centro Hospitalar: é elevada a percentagem de população idosa, entre os mais de 250000 habitantes assistidos pelo CHMT!

MUITAS QUESTÕES EM ABERTO
A privatização de sectores importantes do CHMT está, de facto, em cima da mesa. A TAC de Abrantes já é privada e estão também "abertos" a percerias público-privadas, nomeadamente na Reabilitação, em Tomar, e na oftalmologia. Silvino Alcaravela não respondeu quando lhe perguntaram se a TAC privada não sairá mais cara ao CHMT...

Continuou por esclarecer como vai funcionar a proclamada complementaridade entre as 3 unidades (e entre estas e os Centros de Saúde), nem como vão ser distribuídas as especialidades, nem como vão ser rentabilizados os meios próprios do CHMT, nem ficou garantida a manutenção da urgência pediátrica nos 3 hospitais.

O SERVIÇO DE SAÚDE NÃO DEVE PIORAR
Para o Bloco de Esquerda a questão é clara. A correcção dos erros de planeamento do passado, com a construção de 3 grandes hospitais muito próximos, não pode fazer-se à custa da degradação dos cuidados de saúde e nem dificultando o acesso dos doentes ao Centro Hospitalar.
Ora, esta audiência parlamentar --- e os inúmeras questões ainda em aberto --- mostra que continua a existir um risco sério disso vir a acontecer isso mesmo.

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