segunda-feira, julho 03, 2006

ANÓNIO BRANCO, RESPONSÁVEL DA ARS, ESTEVE NA ASSEMBLEIA DA COMURB

MUITA PARRA E POUCA UVA

A Assembleia da Comunidade Urbana do Médio Tejo reuniu em Tomar, no passado Sábado de manhã, para ouvir António Branco, da ARS, explicar as transformações em curso no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).
A reunião acabou por ser algo frustrante pois António Branco, depois de historiar o processo e remeter as mudanças em curso para um plano que já vem de 1998, pouco adiantou depois sobre várias questões concretas colocadas por várias bancadas. Antes se ficou pelo enunciado de um conjunto de princípios gerais (como o da complementariedade) que, em rigor, já ninguém contesta.

De facto, depois de andarem a remeter as explicações para um projecto ainda em aberto, a justificação para as mudanças em curso passou a ser, de há tempos para cá, o tal plano de 98. Mas, entre várias questões concretas, continuam por explicar o fim das urgências pediátricas nos 3 hospitais, o sub-aproveitamento dos meios auxiliares de diagnóstico, o critério para a distribuição de valências, o fracasso da política de cuidados primários de pediatria, etc.

DUAS PERGUNTAS, ZERO RESPOSTAS... OU LÁ PERTO!
O Bloco perguntou que consequências teria o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (o famoso PRACE) no sistema de Saúde do Médio Tejo. António Branco apenas confirmou o fim da Sub-Região de Saúde de Santarém. Não se referiu à informação, que antes nos fora dada pelo Governador Civil de Santarém, que no âmbito do PRACE passaria a haver um responsável (ou uma equipa responsável) pela Saúde do Médio Tejo. Ou António Branco não disse tudo, ou um dos dois anda mal informado,... ou (como sugere o semanário Expresso desta semana) o governo já estará a recuar com o PRACE....

O Bloco perguntou ainda quando é que o CHMT passaria a assegurar que a unidade hospitalar onde é feita a entrada do doente passaria a ser o mesmo do da alta -- "princípio do retorno" que o próprio António Branco reconheceu que fazer"parte do projecto". Aí, António Branco já nada garantiu.

OS PESADELOS DE MIGUEL RELVAS
Segundo havia sido aprovado pela própria Assembleia, esta reunião deveria ter acolhido as explicações de mais responsáveis, entre os quais o Presidente do CHMT, Silvino Alcaravela. Além de não convidar mais ninguém senão António Branco, a Mesa (PSD) da Assembleia da COMURB rejeitou também a sugestão do "Grupo da Saúde" constituído no âmbito da própria Assembleia, para um convite à participação naquela reunião a todos os autarcas do Médio Tejo interessados no assunto.

A explicação de Miguel Relvas, Presidente (PSD) da Assembleia, foi a de que não queria transformar aquele orgão num "plenário sindical", o que notoriamente lhe provoca pesadelos...
A comparação é, além do mais, claramente despropositada. Como consequência ficaram privados das explicações os muitos autarcas, de várias Assembleia Municipais, que se vêm revelando preocupados sobre a reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

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