quarta-feira, janeiro 17, 2007

QUANDO ESBARRA NOS PODEROSOS O "ÍMPETO REFORMISTA" DO PS PERDE VIGOR

O GOVERNO RECUA NO COMBATE À FRAUDE FISCAL

O Governo, através do Ministério das Finanças, deixou cair as «manifestações de fortunas» na declaração de IRS deste ano, até agora visto como um instrumento fundamental para o combate à fuga e fraude fiscal, refere o Diário de Notícias.

Segundo explica a notícia do DN, ao contrário do exigido em 2006, os impressos do IRS para 2007 não obrigam à declaração de compra de bens imóveis ou viaturas acima dos 250 mil euros e 50 mil euros, respectivamente.
No entanto, ainda em Fevereiro do ano passado, um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz - na sequência de erros dos serviços da DGI - reafirmava a obrigatoriedade destas declarações e a importância desse instrumental no combate à fraude fiscal.
As Finanças, em resposta ao DN, desculparam-se agora sobre a ausência da obrigação declarativa, pela possibilidade "da DGCI ter acesso a esses dados através de outras fontes, como os notários, registo automóvel e capitanias dos portos".
Mas, afirmam fontes do fisco ao DN, que o "acesso é para efeitos de cruzamentos", nada tendo "a haver com a declaração". Trata-se-á "de uma falha técnica dos serviços, já que também no ano passado existiam a possibilidade de cruzamentos".
O curioso é que as falhas "técnicas" beneficiam sempre os mesmos.

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