quarta-feira, janeiro 10, 2007

E NÓS A PAGAR...

EX-ADMINISTRADOR DA CP ESTÁ HÁ SEIS ANOS SEM FAZER NADA, MAS A RECEBER 3500 EUROS POR MÊS

- Arménio Matias, farto de boa vida, rescindiu com a empresa

O antigo administrador, além de 3500 euros por mês, tinha carro, telefone e uma secretária à ordem, também sem nada que fazer. Tudo por conta da empresa. Contas feitas a estes gastos, o encargo anual da CP rondava os 100 mil euros.
Só que, segundo confessa num blog pessoal, "desde que saí da administração da Rave, em meados de 2001, que os sucessivos conselhos de gerência da CP me não atribuíram qualquer função ou tarefa. Em audiência que pedi para o efeito a cada um dos presidentes, no início dos seus mandatos, sempre lhes comuniquei que estava ao serviço da CP e aceitaria qualquer função que me fosse atribuída. No entanto, a minha actividade durante esses cinco anos e meio limitou-se à participação em três reuniões de quadros da empresa."

HÁ MAIS
Mas o caso nem é único, pois "prateleiras douradas" são às dezenas na CP. O jornal Público de ontem revela mais uma ou duas situações idênticas.
"Recentemente, Manuel Caetano, quadro da mesma empresa e ex-administrador da Fernave, rescindiu o contrato por sua iniciativa. Um dos casos mais emblemáticos é o do antepenúltimo presidente da empresa, Martins de Brito, que, tendo sido despedido pelo então ministro António Mexia em Setembro 2004 e alegadamente colocado no gabinete da terceira travessia do Tejo, acabaria por ficar sem fazer nada." Segundo o matutino Público, cada "emprateleirado" recebe entre 2900 e 3500 euros por mês sem pôr os pés na empresa, pois têm dispensa de assiduidade.
Agora percebemos melhor porque tem de subir o preço dos bilhetes e das assinaturas para os comboios.

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