terça-feira, janeiro 02, 2007

ENTROU EM VIGOR O NOVO REGIME DE SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

MAIS DESEMPREGO E MENOS SUBSÍDIO
É A CHAMADA “ESQUERDA MODERNA”, À PS


Em 30 de Novembro existiam registados nos Centros de Emprego 457 728 desempregados, muito embora que os valores reais do desemprego vão muito para além deste valor. Ainda assim, destes desempregados, apenas 299 mil recebem subsídio de desemprego. E destes, cerca de 38 mil são jovens, à procura do primeiro emprego.

Um terço dos desempregados já não recebe um único cêntimo, para viver. Com o novo regime PS, a situação ainda irá piorar.
O governo PS cria agora um apertado conjunto de exigências para os desempregados e transforma os ainda chamados Centros de Emprego em verdadeiros “Centros de Corte de Subsídio de Desemprego”.
Pelos vistos, os impropriamente chamados Centros de Emprego já não terão de colocar os desempregados nas empresas, como faziam outrora. Agora a tarefa de procurar emprego cabe ao desempregado. O tal “Centro de Corte” apenas controla se o desempregado o está a fazer “activamente”. Se considerar que não, corta o subsídio.
Além disso, o desempregado tem de aceitar o chamado “emprego conveniente”. O que é isso?
Se o trabalhador estiver no desemprego há mais de seis meses (caso muito frequente), terá de aceitar um emprego que o remunere com o valor do subsídio de desemprego acrescido de 10%. Basta o “Centro de Corte” considerar que esse novo posto de trabalho tem “em consideração as aptidões do trabalhador”.
Como valor do subsídio de desemprego é de 65% do salário anterior, o trabalhador terá então de aceitar trabalho por um salário equivalente a 71,5% do salário anterior (65+6,5). Até poderá ir para a mesma empresa e para o mesmo posto de trabalho, pois já ganhou aptidões para ele… Um maná para as empresas.

Resumindo: com o argumento dos “abusos” (cuja dimensão não é conhecida) e entre limitações, imposições absurdas e controlos apertados, o governo pretende cortar mais subsídios de desemprego e facultar mão-de-obra dócil e barata às empresas. Ao mesmo tempo, poupa uns milhões de euros para controlar o défice, a verdadeira “vaca sagrada” do Bloco Central.
Palavras para quê? É o PS, rebaptizado por José Sócrates como a “esquerda moderna”.


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