terça-feira, julho 01, 2008

ESTACIONAMENTO NO CENTRO DA CIDADE

JÁ É A DOER!
O estacionamento já passou a ser pago, entre as 8h e as 20h, na zona central da cidade e no parque de estacionamento subterrâneo da Praça Salgueiro Maia.
À excepção do parque junto à estação (mínimo €1, para 24 horas), o estacionamento máximo permitido é de 2 horas e custará 1 euro e o mínimo será de 15 minutos e custará 0,10 euros.
Os residentes das zonas de parqueamento pago serão os únicos da cidade que pagarão para ter o carro à porta. Ainda assim, após protestos, o PSD lá acedeu em proporcionar-lhes condições um pouco melhores. Mediante a aquisição de um cartão de residente nos serviços municipais, só pagarão das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00. A maioria PSD também recusou a proposta do BE de isenção total de pagamento, para os residentes.

ROTATIVIDADE NÃO IMPLICARIA PAGAMENTO
Recordamos que o BE defendeu que a necessária rotatividade do parqueamento à superfície não deveria ser feita recorrendo ao pagamento de estacionamento, mas sim a restrições temporais, com de resto já existiam.
O pagamento de estacionamento irá, naturalmente, restringir as deslocações ao centro, com reflexos negativos no já debilitado comércio local. No entanto, em declarações ao EOL, António Pinhão Nunes, presidente da Associação de Comerciantes, vem defender a aplicação de taxas. Diz que são para promover a rotatividade.
Os comerciantes que ouvimos são contra... mas o tempo irá, com certeza, evidenciar os resultados da opção tomada. Entretanto, o BE continua sem resposta a um pedido de uma reunião com a direcção da Associação de Comerciantes, enviado há mais de um mês.
PAGAR MUITO PARA IR TRABALHAR
O pagamento no parque junto à estação vem onerar pesadamente os trabalhadores que o usam para deixar a viatura diariamente, para irem para Lisboa.
Se aos 123 euros do passe mensal do comboio somarmos agora os 23 euros para estacionar todos os dias úteis do mês, a deslocação mensal para Lisboa sobe para 146 euros. Se, depois, ainda lhe somarmos o preço do combustível, a verba atinge dimensões incomportáveis para orçamento familiares já muito apertados!
Mas, diz Jaime Ramos, presidente (PSD) da Câmara, que o pagamento é "simbólico". Deve ser a "sensibilidade social" à moda de Ferreira Leite.

7 comentários:

Anónimo disse...

É verdade ou não que a aprovação do estacionamento pago mereceu a unanimidade dos Partidos Políticos representados na Assembleia Municipal, incluíndo, obviamente, o bloco de Esquerda?
Já agora, a palavra "concerteza" não existe na nossa tão maltratada Língua Portuguesa.

Anónimo disse...

A opção "comentários" não é, em princípio para responder a perguntas. Excepcionalmente fazemo-lo, porque a pergunta encerra uma dúvida importante e uma insinuação pouco velada. Resposta: as taxas do parque subterrâneo foram aprovadas na Ass. Municipal com o voto favorável de todos os partidos, á excepção do BE, que votou contra. As taxas de estacionamento à superfície foram exclusivamente aprovadas pelo PSD, votando contra todos os outros partidos.
Quanto ao resto, agradecemos a correcção da expressão "com certeza". O espírito crítico é sempre bem vindo. Mas dispensam-se as perguntas vagamente insidiosas... - NR

Anónimo disse...

Antes de mais, os meus agradecimentos por ter merecido resposta ao primeiro comentário que aqui produzi.
Claro que não pretendi ser insidioso, nem sou grande habilidoso nas insinuações. Ao invés, o que tiver que escrever, faço-o claramente, sem subterfúgios e quando tiver de perguntar, faço-o directamente, sem escamoteios, nem intenções veladas.
Ainda a propósito do estacionamento pago, já percebi que o BE não votou favoravelmente oo propósitos do presidente da Câmara, mas, no entanto, ouvi o dito presidente dizer numa enttrevista ao EOL que o cartão de residente tinha merecido a unanimidade dos votos, em sede de Assembleia Municipal.
Pois bem, sabendo eu a bizarria associada aos moldes em que foi estabelecida a matriz do cartão de residente - mormente,no horário não coberto pela isenção de pagamento -, não posso deixar de apresentar o meu desapontamento pelo facto de o BE não ter sido capaz de se demarcar da aprovação de tão inusitado cartão.
Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

Antes de mais, os meus agradecimentos por ter merecido resposta ao primeiro comentário que aqui produzi.
Claro que não pretendi ser insidioso, nem sou grande habilidoso nas insinuações. Ao invés, o que tiver que escrever, faço-o claramente, sem subterfúgios e quando tiver de perguntar, faço-o directamente, sem escamoteios, nem intenções veladas.
Ainda a propósito do estacionamento pago, já percebi que o BE não votou favoravelmente oo propósitos do presidente da Câmara, mas, no entanto, ouvi o dito presidente dizer numa enttrevista ao EOL que o cartão de residente tinha merecido a unanimidade dos votos, em sede de Assembleia Municipal.
Pois bem, sabendo eu a bizarria associada aos moldes em que foi estabelecida a matriz do cartão de residente - mormente,no horário não coberto pela isenção de pagamento -, não posso deixar de apresentar o meu desapontamento pelo facto de o BE não ter sido capaz de se demarcar da aprovação de tão inusitado cartão.
Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

NR - Caro, leitor, registamos o seu desapontamento, mas ele é injustificado, como adiante explicamos. O vereador do BE apresentou na Câmara uma proposta para que os residentes pudessem estacionar livremente,sem limites temporais. Em vez de ser colocada a proposta do BE em alternativa à do PSD (como deveria ser), a Câmara começou por rejeitar a proposta bloquista e, só a seguir, votar a do PSD. Aí, o vereador do BE viu-se confrontado com uma opção: se votasse "contra" apareceria como sendo contra uma pequena concessão aos moradores; se votasse a favor poderia aparecer publicamente como conivente com uma má proposta. O vereador do BE, nessa circunstância, optou por correr o risco e escolher o menos mau para os moradores. Agora, ao invocar a "unanimidade" sobre o cartão Jaime Ramos não conta, pois, a verdade toda. Esconde, em particular, a habilidade processual que eliminou a proposta do Bloco e a divergência que o BE assumiu claramente, sobre o cartão de residente. A verdade é esta e só a partir dela se podem fazer juízos de valor acertados.

Anónimo disse...

Sempre ouvi dizer que "vale mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum!".
O BE ao votar o cartão de residente e permitir, dessa forma, que o presidente da Câmara fale em unanimidade, colocou-se a jeito de ser incluído no seguidismo político que aquela votação explicitou.
O resto, são aspectos a que o munícipe comum não tem acesso e, não obstante não duvidar do que foi transmitido no comentário do "via esquerda", tal facto não transporta consigo conforto algum.
Por outras palavras, o BE permitiu que o presidente da Câmara possa dizer que o cartão de residente é assim, porque todos os representantes da Assembleia Municipal o quiseram, e esse garbo presidencial fica mal à irreverência habitual do BE:
Pelo menos, au acho...

Anónimo disse...

Finalmente, uma conversa civilizada na Internet. Também concordo com o Sr Francisco Gonçalves. O BE não deveria ter votado naquela esmola. Mas também percebo que a situação não era fácil