sexta-feira, fevereiro 29, 2008

O GOVERNO RECUOU

O INFANTÁRIO DA CP JÁ NÃO FECHA
- garantiram José Sócrates e Mário Lino


No ultimo debate quinzenal, na Assembleia da República, o deputado Francisco Louçã interpelou directamente o primeiro-ministro sobre a decisão da CP, uma empresa tutelada pelo estado, pretender encerrar os infantários da CP, medida em total contradição com a propalada política de apoio à natalidade.
Na ausência de uma resposta durante debate, a deputada Helena Pinto abordou posteriormente José Sócrates. O primeiro-ministro e o ministro Mário Lino, que tutela a CP, garantiram então á deputada do Bloco de Esquerda que os infantários da CP, como o do Entroncamento, já não irão encerrar, como havia comunicado a administração da empresa.

Segundo Sócrates, o governo dará orientações à administração da empresa, para manter os estabelecimentos a funcionar.
O Bloco de Esquerda regozija-se com recuo do governo e saúda todos os que durante os últimos dias se movimentaram contra uma decisão injusta e inaceitável.

E OS FERROVIÁRIOS QUE NÃO TÊM FILHOS NO INFANTÁRIO ?
No entanto, subsiste por resolver a situação dos ferroviários com filhos em idade pré-escolar, mas que não frequentam os infantários da empresa.
Se a CP continua tão preocupada com “a desigualdade da situação” --- como reconheceu na carta que anunciava o encerramento dos infantários --- tem de tomar uma medida imediata. A CP deve pagar um subsídio a todos os ferroviários “com filhos que comprovadamente frequentam Amas da Segurança Social, Creches ou Jardins-de-infância” e não frequentam os infantários da empresa. Só assim haverá justiça, em todo este processo.
O Bloco de Esquerda continuará a acompanhar a situação


Veja aqui a informação no esquerda.net

1 comentário:

Anónimo disse...

Estar atento ao que o Conselho Gerência da CP pretenderá utizar como bandeira, junto dos Sindicatos, na negociação do ACORDO DE EMPRESA.
Para isso até adiaram a data ini-cial da mesma, provavelmente a pensarem que o fecho dos infantários seria de atempada e fácil resolução.
Assim a manipulação poderá ser perfeita,pois infelizmente também por vezes os "interesses" se sobrepõem aos valores.

Será que o CG...recuou?
Por ora ainda não enviou novas cartas aos Pais a alterar a primeira informação, ou estará a engendrar modo de mascarar o problema e ganhar tempo? Já agora uma dúvida que me assiste: as empresas que atribuem subsídios aos seus funcionários têm incentivos fiscais e outros por parte do Estado? Estará aí parte do interesse no fecho dos Infantários? A juntar à redução de custos com a "saída à força do seu pessoal" chegando a ser veículado "negociação sem direito a subsídio desemprego".

Neste momento por muito cuidado que haja, a tensão vivenciada pelos Pais,a angústia e incerteza (só a muito custo disfarçadas) vi-vidas pelas Educadoras e Auxilia- res, modificam o ambiente estável a que as nossas crianças estão habituadas. E DE QUEM É A CULPA?