sexta-feira, maio 30, 2008

SÃO SEMPRE OS MESMOS A PAGAR

"ESTAMOS CONTRA A SOLUÇÃO
DE PARQUEAMENTO PAGO”
- afirmou o Vereador do Bloco de Esquerda, Henrique Leal, em Conferência de Imprensa realizada na passada sexta-feira

Na Conferência de Imprensa, o Bloco de Esquerda pronunciou-se contra o pagamento de estacionamento automóvel na zona central da cidade. Admitiria, eventualmente, taxar o parqueamento “por razões ambientais, ou para disciplinar o trânsito” já que não se tratará de uma questão de princípio. “Mas não é o caso. No Entroncamento, “trata-se, tão só, de o município arrecadar mais receita”, enfatizou Carlos Matias, também presente na Conferência de Imprensa.
Henrique Leal recordou ainda um numeroso conjunto de propostas que, a este respeito, o BE tem vindo a apresentar, mas que têm sido, sucessivamente chumbadas pela maioria absoluta do PSD no executivo municipal.
Recordou nomeadamente as propostas para taxas muito mais baixas, de isenção de pagamento ao sábado de manhã no parque subterrâneo, do parqueamento gratuito para residentes.
O vereador do BE, sublinhou a sua proposta de que, ao menos, o pagamento das taxas só tivesse início quando entrasse em funcionamento a segunda fase dos TURE. “Pelo menos, nessa altura, as pessoas terão mais algumas hipóteses de deixar o carro em casa, quando vêm apanhar um comboio para ir trabalhar”, explicou Henrique Leal, lamentando que o PSD também rejeitasse a ideia.
Por outro lado, Leal não aceita que o presidente da Câmara descarregue sobre os comerciantes o ónus do pagamento do estacionamento. “Já pedimos um reunião à Associação de Comerciantes e vamos ver qual é a posição deles, em nome dos comerciantes…”


MAIS DE QUATRO CONTOS POR MÊS NÃO É SIMBÓLICO
O Bloco de Esquerda recusou-se ainda a aceitar o carácter meramente simbólico do pagamento de um euro, para estacionar todo o dia no parque por detrás da residencial Gameiro, um argumento que tem vindo a ser usado por Jaime Ramos. “Um euro por dia, são 23 euros, mais de 4 contos para um mês de trabalho. É quanto um trabalhador que vai diariamente de comboio para Lisboa irá pagar a mais pela deslocação. Se lhe somarmos o aumento dos combustíveis, é demasiado!”, referiu Carlos Matias.
A propósito o deputado municipal do Bloco de Esquerda anunciou que o seu partido já havia requerido, através da Assembleia da República, informação ao governo sobre a não assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal e a Refer, para a abertura dum parqueamento de 90 lugares, mesmo ao lado da estação ferroviária. “O governo anda sempre a falar sobre a intermodalidade dos transportes, mas admite que uma empresa pública, a Refer, tenha um terreno abandonado, mesmo ao lado duma estação importante com falta de estacionamentos”. Por essa razão o BE já perguntou à Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, “que medidas vai tomar para que as decisões da Refer correspondam às necessidades dos trabalhadoras e trabalhadores utentes dos comboios e sejam um exemplo, como lhe compete, em matéria de promoção dessa intermodalidade”.

Notícia: Cortesia EOL

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