sexta-feira, maio 09, 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDE NÃO RESPONDE À FALTA DE MÉDICOS

Foto: cortesia Nuno Matos
BE QUER SABER O QUE TEM SIDO FEITO
PARA COLMATAR FALTA DE MÉDICOS NO CONCELHO

08 de Maio de 2008, 22:52

Entroncamento, Santarém, 08 Mai (Lusa) - O Bloco de Esquerda do Entroncamento quer saber que diligências desenvolveu o Ministério da Saúde para colmatar a falta de clínicos no centro de saúde local e que cuidados são prestados aos grupos de risco que não têm médico de família.
Em conferência de imprensa, a coordenadora concelhia do BE reagiu, ao princípio da noite de hoje, à resposta que o Ministério da Saúde deu à carta aberta entregue no final de Fevereiro pelo partido.
Na resposta enviada ao BE pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), António Branco, é reconhecida a "notória dificuldade em contratar pessoal médico" para o Centro de Saúde do Entroncamento.
Segundo a carta, cerca de 21 por cento dos 20.756 utentes inscritos naquele Centro de Saúde (4.423 pessoas) não têm médico de família, realçando que os inscritos ultrapassam "largamente" o número de residentes registados no último censo (18.173).
A carta da ARS-LVT reconhece que apenas estão colocados 10 dos 15 médicos previstos no quadro de pessoal, tendo cada um 1.633 utentes, em média.
Segundo afirma, os utentes sem médico de família têm prioridade no Serviço de Atendimento Complementar, que funciona 12 horas diárias, em dois períodos de seis horas assegurados por dois médicos, havendo vigilância específica (oito horas semanais) em saúde infantil e materna.
Contudo, Carlos Matias, da concelhia do BE, assegurou que os utentes sem médico de família desconhecem que têm prioridade no atendimento complementar e questionou de que forma estão a ser acompanhados grupos de risco, como os diabéticos, e os idosos acamados que necessitam de assistência domiciliária.
Carlos Matias afirmou que a resposta da ARS-LVT, de que está a "envidar esforços" para resolver uma situação que reconhece estar a "acarretar prejuízos para os utentes", é "demasiado vaga".
Questionando que diligências em concreto estão a ser desenvolvidas para resolver o problema, Carlos Matias considerou "inaceitável" o "conformismo perante a situação" latente na resposta da ARS.
MLL.
Lusa/fim

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