segunda-feira, julho 09, 2007

SEGUNDO O DN, PRECÁRIOS EM CONTACT E CALL CENTERS JÁ SÃO 50 MIL...

...MAS PARA LUIS FAZENDA, LÍDER PARLAMENTAR DO BLOCO DE ESQUERDA, OS TRABALHADORES PRECÁRIOS
JÁ ULTRAPASSARÃO OS 300 MIL

Segundo a edição de hoje do DN "O afunilamento do mercado de trabalho, com a economia deprimida e a administração pública a reduzir contratações, está a empurrar cada vez mais jovens para o desemprego ou para o trabalho ocasional. As escassas oportunidades de emprego - para um segmento em que a taxa de desemprego ronda os 18% - , surgem em regime de trabalho temporário, com contratos renováveis de três meses".
No sector dos call centers já são cerca de 50 mil pessoas, a chamada "geração dos 500 euros", apesar de grande parte ser de licenciados. A "geração dos 500 euros" está longe de se circunscrever aos call centers e contact centers, afirma o DN . Ramifica-se "por outros sectores de actividade, como o comércio, hotelaria e restauração, mas raramente consegue escapar ao universo dos contratos a prazo (que abrangem 52% da mão-de-obra até aos 24 anos) e das agências de trabalho temporário que, aos poucos, vão dominando cada vez mais sectores de actividade."
Os empregados abrangidos por contratos a termo e em regime de trabalho temporário já rondam os 22%, quando na Zona Euro é de 16%.
No entanto, ainda nesta segunda-feira à noite, na SIC Notícias, Luís Fazenda, líder parlamentar do Bloco, garantia que este números publicados pelo DN pecariam por defeito. Segundo os dados disponíveis, o número de trabalhadores temporários andará sim entre os 300 e os 4oo mil
Apesar desta verdadeira lei da selva, o patronato e o governo português queixam-se que o mercado de trabalho é "rígido". Aliás, foi este o lamento de Ferraz da Costa (da CIP), no frente-a-frente da SIC Notícias, com Luís Fazenda. O governo, totalmente alinhado pelos interesses do capitalismo selvagem, já prepara o novo Código de Trabalho "Vieira da Silva", ainda pior que o de Bagão Félix.
Que dirão estes milhares de jovens com vidas precárias e sonhos adiados?

Foto DN

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