terça-feira, julho 10, 2007

CARTA EDUCATIVA APRECIADA NA CÂMARA MUNICIPAL:
HENRIQUE LEAL ANALISA O DOCUMENTO

O vereador do Bloco de Esquerda, Henrique Leal, fez uma análise crítica da Carta Educativa, apresentada na última sessão da Câmara Municipal, considerando o documento genericamente positivo.
Editamos de seguida um resumo dessa intervenção.

UMA CARTA PARA O FUTURO
A Carta Educativa projecta o desenvolvimento do sistema escolar, aos diversos níveis, até 2016. O trabalho foi elaborado por uma equipa do Instituto Superior Técnico.
Já tem em conta o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos e o reforço da oferta do ensino para opções vocacionais profissionalizantes.
Por outro lado, a Carta reconhece que a expansão urbana do concelho não foi acompanhada pela infaestruturação e dotação de equipamentos colectivos. Basta ter em conta que a último estabelecimento de ensino foi construído há mais de 25 anos e, só nos últimos vinte, o concelho cresceu mais de 50%! Além disso, a ocupação desordenada não tem permitido a aquisição de reserva de solos com localização adequada para esse fim.
Do ponto de vista do Bloco de Esquerda, o diagnóstico feito é, genericamente, correcto.

UMA VISÃO CONFORMADA COM AS INSUFI
CIÊNCIAS DA OFERTA PÚBLICA
Tratando-se de um complemento do Plano Director Municipal --- que nem se sabe quando será aprovado---o horizonte da Carta Educativa para 2016 afigura-se pouco ambicioso. Já só faltam 9 anos…
Em termos de diagnóstico, a Carta confirma a escassez da oferta, sobretudo no pré-primário, explicando o investimento privado, neste sector.
Daqui se infere a necessidade de aumentar neste sector de ensino a oferta pública de qualidade, como uma das estratégias estruturantes do concelho, para os próximos anos
Em relação ao primeiro ciclo (da “primeira” à “antiga “quarta classe”) a Carta diagnostica o flagelo com que se confrontam, neste momento, 63% das crianças que frequentam este nível de ensino: todas as turmas das escolas nº 2 e nº3 e ainda duas turmas da escola nº1 se encontram em regime de desdobramento, isto é, umas entram às 8 e saem às 13 e outras entram às 13 e saem às 18h. Que fazem as crianças nos restantes períodos?
É gritante a carência de salas de aula também para o primeiro ciclo do ensino básico!

FALTAM MUITOS EQUIPAMENTOS ESCOLARES
Se tivermos em conta as carências detectadas, quer no pré-escolar quer no primeiro ciclo, faltam equipamentos educativos no nosso concelho --- e a Carta Educativa reconhece-o.
Só que a escola hoje não é apenas o espaço restrito da sala de aula… Portanto se a este quadro juntarmos o problema dos refeitórios e cantinas (que nem todas as escolas têm), a falta de salas de recreio cobertos e de ginásios as carências ainda se avolumam mais.
As propostas da Carta para o concelho vão no sentido da territorialização da oferta educativa, com a criação de dois territórios educativos, um a norte outro a sul da cidade.
A sul, novidade maior é a proposta de construção de um novo jardim de infância com oito salas, reconvertendo-se o actual jardim de infância nº2 numa EB1, com 4 salas para o primeiro ciclo.
A norte, a aposta é a construção de uma EBI – Escola Básica Integrada, com jardim de infância --- para além do novo jardim de infância actualmente em construção,
na Rua dos Ferroviários.

1 comentário:

Anónimo disse...

Faltam algumas coisa...certo!!

Mas ...analisar é mesmo com ele!!!
Nas escolas...