quinta-feira, julho 12, 2007

DIZ A REFER:

TROÇO FERROVIÁRIO ENTRONCAMENTO - LAMAROSA

ESTARÁ NO LIMITE DA CAPACIDADE
De acordo com um documento da REFER, largamente citado pela edição de hoje do jornal Público, para além deste, também os troços Gaia-Aveiro e Azambuja-Alverca estarão nos limites da capacidade de transporte.
Estes estrangulamentos na linha do norte estarão a comprometer a introdução de novas circulações, levando a que a CP tenha vindo a recusar pedidos de transporte de contentores para o terminal de Riachos.
Segundo o documento, "dos 337 quilómetros entre Lisboa e o Porto, apenas 140 têm um nível de ocupação considerado médio".
A modernização da linha do norte --- operação agora reduzida a uma mera "beneficiação"... --- começou em 1995 e já custou 1100 milhões de euros. Para acabar o trabalho, ainda será preciso dispender mais 425 milhões de euros.

UMA PUBLICAÇÃO ESPECIALMENTE OPORTUNA...
Uma observação empírica do tráfego ferroviário entre Entroncamento e Lamarosa levanta, n entanto, algumas questões. É evidente que há largos espaços de tempo sem circular qualquer comboio. Então, como é que há falta de slots (espaços de tempo) para introduzir novas circulações?
Por outro lado, a ampla difusão do estudo da REFER num jornal de referência, como o Público --- até com direito a manchete de primeira página --- vem reforçar as constantes alusões da Secretária de Estado Ana Paula Vitorino, à necessidade de construir a linha do TGV Lisboa-Porto. Como o estudo da REFER não se esquece de mencionar, a construção da nova linha de alta velocidade libertaria a linha do norte só para comboios suburbanos, regionais e de mercadorias, que seriam, vá saber-se porquê, a sua "vocação". Estariam então resolvidos os seus graves problemas de congestionamento.
Não se conhecendo os detalhes nem os fundamentos deste estudo, a sua publicação agora e com tão amplo destaque, vem em (oportuno) apoio das posições da Secretária de Estado, contrariando os críticos do elevadíssimo investimento na nova linha do TGV.
Talvez venha daí a franqueza da REFER, ao permitir a ampla difusão do tal "estudo"...

Sem comentários: