sexta-feira, abril 20, 2007

SECRETARIADO DO BLOCO DEBATEU SITUAÇÃO POLÍTICA

E O PLANO É...
RESISTIR AOS ATAQUES DO GOVERNO

O Secretariado local (alargado) do Bloco reuniu recentemente para debater a situação política nacional e local. Transcrevemos abaixo o texto que serviu de base a essa discussão, muito participada e aprofundando aspectos diversos.
Em conclusão, foram planificadas diversas acções que iremos aqui divulgando, à medida que forem concretizadas.
Para já, a intervenção do Bloco de Esquerda na sessão comemorativa do 25 de Abril foi confiada à jovem deputada municipal bloquista Carla Roma (na foto, à esquerda)

GOVERNO PS, UM ATAQUE EM TODAS AS FRENTES
Após 2 anos de governação, acentua-se o perfil neo-liberal do executivo PS, com políticas fortemente liberalizadoras da economia e uma grande agressividade social.
Há dois anos, havia 412 mil desempregados; hoje, o seu número real ultrapassa o meio milhão. Cresce a precariedade, o “biscate”, o trabalho temporário, etc.
O governo ataca os trabalhadores em toda a linha, virando uns contra os outros e apresentando, ora uns ora outros, como “uns privilegiados”: São os do sector privado contra os do sector público, os mais velhos contra os jovens, os desempregados contra os empregados, etc.
O governo reduz e encarece o acesso aos serviços sociais essenciais, como o Serviço Nacional de Saúde. Diminui reformas e pensões. Mercantiliza e privatiza serviços essenciais, como o abastecimento de água.
A redução do défice é um pretexto justificativo para esta ofensiva liberal.
Esta política retira protagonismo aos partidos de direita, esvaziados de alternativa.
O PSD apaga-se, com um líder desnorteado e contestado internamente, à procura de demarcação. O CDS/PP consome-se em intrigas internas, à espera do “D. Sebastião” Paulo Portas.

LUTAS AMPLAS, MAS DEFENSIVAS
Apesar da grande amplitude e animada pela recente vitória no referendo do aborto, a resistência popular mantém um carácter muito defensivo. Ao dividir e atacar todos, o governo PS gerou medo e insegurança, o que limita o alcance das lutas sociais.
Por outro lado, o governo acompanha o seu ataque político com uma ofensiva ideológica: o aparelho de propaganda governamental apresenta as suas medidas retrógradas como “necessárias, inevitáveis” --- e até “da esquerda moderna”--- que “tocam a todos”. Estas ideias são falsas, mas colhem apoio em amplos sectores populares.

POLÍTICAS DO GOVERNO AJUDAM O PSD LOCAL
No Entroncamento, o PSD, com maioria absoluta na Câmara, move-se neste quadro global como “peixe na água”.
Carrega os munícipes com taxas; abre caminho à privatização da água; vende o espaço público ao desbarato, comprometendo o futuro; afunda as finanças municipais; restringe a democracia, apagando o funcionamento colectivo da Câmara. Alimenta o negócio dos loteamentos e facilita os favorecimentos. Cria dificuldades acrescidas ao funcionamento de colectividades e associações, cuja actividade quase ignora, desincentivando a política de parcerias.
As políticas do governo PS acabam por ser uma vantagem adicional, para o PSD local, ao constituírem-se como “bode expiatório” para a sua própria má gestão municipal.

O PAPEL DO BLOCO DE ESQUERDA
Neste quadro difícil, importa defender valores, como a democracia, a solidariedade, a transparência, o rigor, a prevalência do interesse público sobre os interesses privados, a defesa dos trabalhadores e dos sectores sociais mais fracos e excluídos, a defesa dos serviços públicos para todos.
Cabe ao Bloco de Esquerda afirmar propostas alternativas, denunciar sistematicamente abusos e atropelos, apoiar movimentos populares, em luta por direitos.

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