segunda-feira, abril 02, 2007

COMUNIDADE URBANA DO MÉDIO TEJO

BAIXA REALIZAÇÃO EM 2006

O Relatório de Gerência e as Contas da Comunidade Urbana (Comurb) do Médio Tejo relativas a 2006, apesar de transparentes --- ou por isso mesmo… --- revelam uma baixa taxa de realização dos projectos em curso. Ambos os documentos foram discutidos e aprovados por maioria na Assembleia da Comurb, no sábado passado, em Tomar.
Infelizmente, aconteceu o que, de certa forma, já prevíramos na altura em que foi aprovado o Plano para 2006. Mais do que um Plano, tratava-se já então de uma “nuvem” de boas intenções, sem hierarquia de prioridades e sem grande exequibilidade.
Agora, verifica-se que dos 31 projectos previstos, 12 ficaram para trás, sem qualquer avanço. Correctamente, os recursos acabaram por ser concentrados no Projecto do “Médio Tejo Digital”. Mas, até nesse projecto, a taxa de realização ficou abaixo dos 50%.
As razões apontadas para tanta dificuldade foram as do costume: faltaram recursos humanos, faltaram recursos financeiros, houve constrangimentos orçamentais… Mas o Relatório de Gestão esconde o nome do principal responsável, o governo PS, que não financiou ou sub-financiou projectos importantes e, por outro lado, colocou entraves à contratação de mais funcionários.

PERGUNTAS SEM RESPOSTA
Apesar da concentração de recursos no Projecto do “Médio Tejo Digital”, ficou sem se saber se as parcerias adoptadas foram as mais correctadas. Nem se soube que balanço se faz dessas parcerias. Interpelado directamente sobre estes dois pontos pelo deputado bloquista Carlos Matias, o Presidente da Junta da Comunidade, António Paiva, preferiu rodear as as questões e não responder.
Sendo o Relatório e as Contas claros e sendo correctas as prioridades adoptadas, a baixa taxa de realização e a omissão de esclarecimentos levaram o Bloco de esquerda a abster-se na votação dois documentos. Curiosamente a CDU votou favoravelmente os dois documentos na Junta da Comunidade, mas também se absteve na Assembleia. Já o PS e o PSD votaram favoravelmente os documentos em ambos os órgãos, garantindo assim a sua aprovação por maioria
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1 comentário:

Anónimo disse...

Comprendo perfeitamente as questões que o Carlos Matias achou por bem colocar sobre o andamento dos projectos em curso na ComUrb. Tendo sido o autor material de todo o dossier do Médio Tejo Digital e responsável técnico perante o POSI pela sua discussão e aprovação, penso estar à altura de responder a algumas questões que o António Paiva se esquivou dar sobre esse e outros projectos (SIVFF, Contact Center, Orquestra Regional, Iniciativas de Defesa do Consumidor). Estou à disposição para o efeito em joao.bianchi@sapo.pt (joão de Bianchi Villar / Entroncamento)