terça-feira, abril 24, 2007

ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAV EIFFEL COM ACTIVIDADES ALUSIVAS AO 25 DE ABRIL

"MAIS CIDADANIA E MAIS LIBERDADE EXIGEM TRABALHO PERMANENTE E COM DIREITOS" -- defendeu o deputado municipal bloquista Carlos Matias, no debate desta terça-feira, à tarde

A Escola Profissional promoveu durante a tarde desta terça-feira, no Cine-Teatro S. João, um evento relacionado com o 25 de Abril. Houve declamação de poemas, música, uma intervenção do poeta e escritor torrejano Hugo Santos e um debate com a participação de vários partidos. Na mesa estiveram representantes do Bloco de Esquerda, de "Os Verdes", do PCP e do PSD. O PS não se fez representar. O Bloco esteve representado pelo deputado municipal Carlos Matias.
Carlos Matias trouxe aos muitos jovens presentes alguns exemplos vivos do que era o fascismo, a partir das realidades locais. Prestando uma homenagem aos que há 33 anos, se levantaram contra o regime, sublinhou que o 25 de Abril havia sido uma bela página na luta pela Liberdade --- mas uma página de um livro que continua a escrever-se. Homenageou também os que, ao longo de décadas, lutaram pela Liberdade e não chegaram a ver o dia 25 de Abril. "Tiveram razão antes de tempo, mas sem eles a liberdade não teria sido ganha", sublinhou.
Dirigindo-se directamente aos muitos jovens presentes no Cine-Teatro S. João, Carlos Matias afirmou que também hoje é preciso lutar por mais Liberdade e mais Cidadania, mesmo que às vezes pareça que se luta "antes do tempo".

COM A PRECARIEDADE, OS JOVENS NÃO SÃO LIVRES.
SE NÃO SÃO LIVRES, NÃO USUFRUEM DA SUA CIDADANIA POR INTEIRO
A propósito, perguntou que Liberdade terá para ter opinião um jovem com um contrato precário ou temporário. "Se disser algo que não agrada ao patrão, vai para a rua e fica sem salário!" Portanto, os jovens desempregados e as vítimas das inúmeras formas de precariedade não têm liberdade plena e, portanto, têm a sua cidadania truncada.
Para eles, ainda há um 25 de Abril por cumprir, só possível qunado tiverem um trabalho permanente, com salário e direitos. Trabalho com direitos e para a vida não não pode ser algo que "passou de moda" (como por vezes se ouve) mas uma exigência justa, na ordem do dia -- hoje, como em 25 de Abril de 74.
A intervenção do Bloco foi bem acolhida pelos jovens da Gustav Eiffel.

2 comentários:

Reinaldo Amarante disse...

Não gosto de chavões. Mas entendo que Abril deve cumprir-se todos os dias, em cada gesto, em cada decisão, na postura de cada um, perante si e em harmonia com os outros. Abril sempre e todos os dias. É por isso que é tão importante falar aos mais jovens, transmitir as vivências passadas. Os Capitães de Abril já estão a esgotar o seu tempo de validade terrena. Os que viveram o 25 de Abril hoje são "cotas". É urgente que não nos calemos. Os cravos podem secar, mas as sementes florirão em cada manhã de Abril com a mesma força que o fizeram quando a Liberdade entrou dentro de cada um de nós.Para que Abril nunca seja esquecido!

Anónimo disse...

A liberdade nunca será esquecida!!
Pois muito se lutou...por ela!
Apesar de nos dias de hoje haver muita liberdade...e até as idas ao campo são mais frequentes...deixando as sementes florirem para que seja tudo muito mais natural!
Podemos e devemos é mante-la, não deixar nem voltar para tras e muito menos deixar ir mais à frente!

Liberdade...sempre!!