LOUÇÃ COM CASA CHEIA Na noite de terça-feira, um auditório do Centro Cultural do Entroncamento cheio ouviu Francisco Louçã, ao longo de quase duas horas, falar com números precisos da actual crise financeira capitalista, dos roubos e das negociatas de gestores e banqueiros, da injustiça fiscal, dos buracos dos off-shores, da corrupção e da sistemática impunidade dos corruptos. Mas, "a crise tem uma dimensão social assustadora", afirmou.
Quer na intervenção inicial quer, depois, na resposta a diversas perguntas, Louçã apresentou as propostas do Bloco de Esquerda pela transparência fiscal, pelo levantamento do sigilo bancário, de combate ao desemprego e de criação de emprego público e de estimulo ao desenvolvimento económico.
O coordenador nacional do Bloco chegou ao Entroncamento muito tarde, por ter ocorrido um problema mecânico grave com a viatura em que se deslocava. No auditório do Centro Cultural foi, entretanto, passado um vídeo sobre os 10 anos do Bloco de Esquerda. Apesar do atraso do início da sessão, as pessoas mantiveram-se expectantes e acompanharam atentamente o debate, até à hora tardia a que concluiu, já muito perto da meia-noite.
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