terça-feira, junho 03, 2008

BLOCO DE TORRES NOVAS EVOCA HUMBERTO DELGADO

AFRONTAR O MEDO
O BE de Torres Novas presta homenagem ao General sem Medo, ao cidadão nascido na aldeia de Boquilobo, que um dia decidiu desafiar a ditadura fascista e que veio a pagar com a vida tal ousadia.
Passam dia 8 de Junho, 50 anos que Humberto Delgado enfrentou corajosamente os fascistas, nas eleições para a Presidência da Republica. Sem dúvida que foi um marco histórico na luta contra a ditadura, um marco na luta pela liberdade.

O General Humberto Delgado protagonizou um dos episódios mais marcantes da nossa história recente, ele foi o grito na noite escura e horrenda.
Prestar homenagem a este Torrejano é enaltecer a sua coragem para vencer todos os medos.
Hoje 50 anos após o acto eleitoral em que o vencedor saiu vencido e 34 anos após o 25 de Abril vitorioso, muitos medos nos amedrontam e confrontam.
Depois do 25 de Abril, depois da liberdade conquistada porque tanto lutou Humberto Delgado 16 anos antes, muita coisa mudou, mas temos que reconhecer que hoje o ambiente não é propriamente de festa.
Novas e gritantes desigualdades estão ai, cerca de dois milhões de pobres, aumento do desemprego e da precariedade, sérios ataques aos serviços públicos, como na saúde e educação, os rendimentos dos 20 por cento que têm mais são sete vezes superiores que o rendimento dos 20 por cento que têm menos.
O medo voltou a estar presente em muitos locais de trabalho e impede que muitos trabalhadores e muitas trabalhadoras exerçam os direitos que têm.
Numa Democracia moderna os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais, se estes ficam ameaçados a democracia fica igualmente ameaçada.
Hoje, passados 50 anos, lembrar esta data e prestar uma digna homenagem ao homem que tem as suas raízes no Concelho de Torres Novas era o mínimo que a autarquia devia fazer, a defesa da liberdade também passa por ai.

CONFIANÇA NUM FUTURO DE JUSTIÇA E LIBERDADE
O General sem medo deixou-nos entre outras coisas, a coragem e a confiança num futuro de justiça e de liberdade.
É por isso que as esperanças de Abril de 1974, mas também de Junho de 1958 continuam vivas e o sonho continua “tão concreto e definido como outra coisa qualquer.”

Sem comentários: