terça-feira, outubro 14, 2008

"PROFESSORES VIRÃO DE NOVO PARA A RUA", ASSEGURA SINDICATO
A reunião entre a FENPROF e a ministra da Educação não serviu para atenuar as divergências existentes. "As questões de fundo não tiveram resposta", afirmou Mário Nogueira à saída da reunião, antes de abrir uma polémica com os movimentos de professores sobre a data dos protestos: alguns movimentos marcaram o protesto para 15 de Novembro, mas a FENPROF demarca-se, dizendo que "é demasiado tarde".
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6 comentários:

Reinaldo Amarante disse...

Infelizmente, com a assinatura do malfadado Memorando do Entendimento, a Plataforma Sindical desbaratou a confiança que os 100 mil participantes na Marcha da Indignação de 8 de Março lhe depositou. A situação actual nas escolas é o resultado disso mesmo. Para além de tudo o mais sentimos que fomos vendidos por um prato de lentilhas. A manif está marcada para dia 15 de Novembro. A Fenprof demarca-se? Ela lá sabe. Só dá razão aos que dizem que os sindicalistas foram os únicos "docentes" beneficiados no Concurso Extraordinário para professores titulares... O momento é de união. Todos são poucos para defenderem os direitos dos Professores. As razões da Fenprof, pelos vistos não batem em timming com as dos Professores que devia representar. Não compreende que esta vaga vem mesmo do fundo. Dia 15 de Novembro iremos fazer mais uma jornada memorável na história do ensino em Portugal. Ninguém é dispensado. Só os que se auto-excluem. Eu vou, assim como muitos da minha escola. "Uma Escola, um autocarro". Talvez mais!

Reinaldo Amarante disse...

Depois do primeiro comentário que enviei, a situação está mais clara. A Fenprof não só se demarcou da manif do dia 15/11 como convocou outra para o dia 8/11. Não só não tentou um entendimento com os organizadores da do dia 15, como apodou-os de divisionistas e com linguagem anti-sindicalista. Com esta atitude, Mário Nogueira, dirigente da Fenprof cortou liminarmente qualquer hipótese de diálogo com uma larga fatia de uma classe que pretende representar e que necessita, mais do que nunca, de coesão. Em todos os sítios e blogues por onde andei, tem havido disponibilidade para unir esforços, mesmo abdicando da manif do dia 15 a favor da do dia 8. Mas não, com a linguagem e a postura da Fenprof. Chamar aos Colegas "divisionistas", "anti-sindicalistas", "órfãos do PS e do PSD" apenas manifesta um espírito intolerante nada consentâneo com a gravidade do momento presente. Se a Fenprof, num período muito curto, não explicar cabalmente as razões desta atitude, será com muita mágoa que devolvo o meu cartão de sindicalizado, que já tenho há 30 anos.
E dia 15/11, lá estarei, com os Colegas da minha Escola, como escreveu Ramiro Marques, na Manifestação dos espíritos livres!

Anónimo disse...

É por estas e por outras que Portugal está como está! Nem na luta conseguem uma linguagem coerente, solidária e consentânea com os seus interesses. A ministra da EducaçãO já deve estar a rir-se deste início de competição para ver quem consegue maior protagonismo nas ruas de Lisboa. Será difícil explicar aos "reinaldos amarantes" deste país a lógica dos sindicatos? O homem não percebe que se a moda pega e as manifestações começarem a ter cariz "blogosférico", o espaço dos sindicatos fica assustadoramente reduzido? vão reunir-se em Lisboa para lutar por melhores condições de trabalho, melhor sistema de avaliação, etc., etc. E depois? Quem vai negociar com o Ministério? É alguém escolhido , ali, na hora? E será que a Ministra reconhece legitimidade de negociação a essa gente? A César o que é de César, senhor!

Anónimo disse...

O Via Esquerda censura comentários?! Também o fazem com o lápis azul e vemelho, como os rapazaes do tempo de Oliveira Salazar?! Quem diria...

Anónimo disse...

O Via Esquerda não censura comentários, concorde ou não com eles. Por conseguinte, parece-nos despropositado o texto anterior. Mas,é verdade que eliminaremos eventuais conteúdos de teor racista, difamatório, injurioso, violadores da privacidade, com linguagem obscena, ou incitadores de violência. Felizmente, nunca tal aconteceu... mas são estas as regras do blogue.

Reinaldo Amarante disse...

Em 8 de Março 100 mil professores deram um claro sinal de apoio à Plataforma Sindical. Apesar disso a assinatura do Memorando de Entendimento foi um autêntico desastre que desbaratou o capital de força que então se constituiu. Como resultado temos a confusão que existe nas escolas. Os únicos beneficiados foram os "agraciados" com o Concurso Extraordinário para professores titulares, nos quais se incluem os sindicalistas... Quanto ao problema dos interlocutores para diálogo com a ministra (sei muito bem que os sindicatos DEVIAM ser os privilegiados)que não hajam muitas ilusões: quando os sindicatos estão em alta, como aconteceu em Março de 2008, a ministra dizia então que "existem outras estruturas que também devem ser ouvidas...", quando os mesmos se encontram em baixa (que é o que acontece agora), os sindicatos até conseguem marcar reuniões com a ministra. Eu não desconheço que os sindicatos são estruturas que devem representar, neste caso, os professores. Mas também sei que os sindicatos valem aquilo que valem: 30% do total dos professores. Se o espaço dos sindicatos está hoje mais reduzido, a culpa está apenas e só neles próprios. O que vamos fazer a Lisboa dia 15/11? O que fizemos em 8 de Março: levantar a voz, dizer o que não queremos, dizer o que queremos, agitar a opinião pública, mostrar que não somos "...anho de rebanho...". Com sindicatos ou sem sindicatos. Como espíritos livres