O GOVERNO INSISTE

URGÊNCIAS HOSPITALARES DE TORRES NOVAS E TOMAR
JÁ SÃO "BÁSICAS"

A recente onda de contestação à reestruturação dos serviços de urgência hospitalar, suscitou uma renovada atenção dos orgãos de comunicação social para o problema e permitiu uma revelação preocupante. Depois de há meses ter garantido a António Rodrigues, Presidente da Câmara de Torres Novas e líder distrital do PS, que as urgências de Torres Novas e Tomar "ficavam na mesma", o Ministro da Saúde assume que, de facto, já há uma desqualificação destes serviços para SUB (Serviço de Urgência Básica).
Na terça-feira passada, o Diário de Notícias revelava que, segundo o Ministério da Saúde (MS) "Barcelos, Amarante, Lamego, Águeda, Alcobaça, Torres Novas, Tomar, Elvas, Lagos são os hospitais que já estão a funcionar como SUB."
Por sua vez, este domingo, também o matutino Público esclarece que, segundo o MS, "formalmente, já há SUB nos hospitais de Alcobaça, Torres Novas e Tomar".
Quer isto dizer que, a qualquer momento, poderá ser adoptada a formatação estipulada para as SUB, exclusivamente com dois médicos e dois enfermeiros em permanência. Muito longe, portanto, da panóplia de especialidades ainda disponíveis nos hospitais de Torres Novas e Tomar. E exactamente ao contrário da garantia de António Rodrigues de que "fica tudo na mesma".
Para o Bloco de Esquerda a situação é clara: de acordo com o compromisso assumido, não pode haver qualquer redução da oferta de serviços, nas urgências de Torres Novas e Tomar.

COORDENADORA DISTRITAL EMITE COMUNICADO EM DEFESA DAS URGÊNCIAS
Nesse comunicado difundido já este domingo, à noite, o Secretariado da Coordenadora Distrital do Bloco pronuncia-se claramente "contra qualquer redução da oferta de serviços, nas urgências dos hospitais do Médio Tejo. As únicas alterações admissíveis no sistema de urgências hospitalares do Médio Tejo são as que forem promovidas para melhorar, nomeadamente para criar uma urgência de nível superior, ultrapassando a politica do quintal, tão do agrado de autarcas desta região".
Nesse comunicado o " Bloco de Esquerda exorta ainda utentes, autarcas e populações em geral a manterem-se determinados na defesa de um Serviço Nacional de Saúde geral, universal e gratuito."