terça-feira, maio 09, 2006

BE REUNE COM GOVERNADOR CIVIL

A pedido do Bloco de Esquerda, uma delegação composta pelos deputados municipais Carlos Matias e Carlos Trincão foi recebida pelo Governador Civil de Santarém, para abordar a controversa reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).

A delegação do Bloco de Esquerda transmitiu ao Governador Civil as preocupações relativas ao CHMT, bem como as condições que julga necessárias no processo de reestruturação. Concretamente, o Bloco de Esquerda relevou o facto de que qualquer alteração na distribuição dos serviços terá de traduzir-se em ganhos visíveis na acessibilidade, na diversidade e na qualidade dos serviços prestados.
Assinalámos também que, entretanto, estão já a produzir-se alterações no funcionamento do CHMT sem que, antes, os autarcas e as populações estejam a ser ouvidas – o que, aliás, o Ministério da Saúde se comprometeu a fazer.

O Governador Civil de Santarém reconheceu a pertinência de algumas questões levantadas pelo Bloco de Esquerda, nomeadamente quanto à acessibilidade dos utentes aos serviços, à responsabilidade do transporte entre as três unidades hospitalares e à necessária complementaridade com os Centros de Saúde – assuntos que “anotou”.

Segundo informou ao BE o Governador Civil de Santarém, as alterações que irão ter lugar na organização dos serviços de saúde do Médio Tejo deverão seguir as orientações do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado), documento aprovado recentemente pelo governo. Concretamente, deverá vir a haver, “lá para Setembro “, uma gestão única para o CHMT e os Centros de Saúde do Médio Tejo. Para toda a chamada NUTIII do Médio Tejo, portanto. Deverá ser esse novo responsável (ou essa nova equipa responsável) a avançar com o processo de reestruturação do CHMT.

Registámos ainda a ocorrência de visões diferentes sobre a evolução do Serviço Nacional de Saúde. Enquanto que para o Governador Civil de Santarém importa é que os serviços sejam prestados por uma entidade, seja ela pública ou privada, para o Bloco de Esquerda é claro que “a reestruturação não poderá constituir um pretexto para mais privatizações de serviços, dentro ou fora das instalações hospitalares públicas”.

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