sexta-feira, outubro 31, 2008

PROFESSORES: SINDICATOS E MOVIMENTOS ACORDAM MANIFESTAÇÃO ÚNICA
Representantes da FENPROF e de três movimentos representativos dos professores (APEDE, MUP e Promova) chegaram a acordo sobre a unificação da luta que os tem enfrentado ao governo de José Sócrates. Em comunicado conjunto assinado pelas quatro organizações, é afirmada a "intenção de tudo fazerem no sentido da convergência de lutas". O portal Esquerda.net apurou que houve acordo para a realização de uma manifestação única, a 8 de Novembro.
Leia aqui toda a notícia...

5 comentários:

Anónimo disse...

E agora, senhor Reinaldo Amarante, vai pedir de volta o cartão de associado da FENPROF?

Reinaldo Amarante disse...

1 - Não senhor, não vou pedi-lo, pelo simples facto de não o ter devolvido ainda (como já o fizeram muitos dos meus Colegas que também não se revêem na actuação dos seus sindicatos). 2 - Não sou associado da FENPROF, mas do SPGL. 3 - A sua pergunta provocatória não me incomoda, até porque já dei mais ao meu sindicato do que a maioria dos seus inscritos, pelo que não seria de ânimo leve que devolvia um cartão que tem trinta anos. 4 - Tal como muitos dos meus Colegas, tive de engolir alguns sapos, para APOIAR neste momento, crucial para a Educação em Portugal, a Plataforma Sindical. 5 - Cada um de nós vai dar o melhor de si, para no dia 8 de Novembro voltarmos a desfilar unidos, a gritar a uma só voz. Apesar de tudo. Porque é importante estarmos UNIDOS. Mas isto, talvez o senhor José Pereira já não entenda...

Anónimo disse...

Bem, só me faltava esta! Sou eu que não percebo a importância de os professores estarem unidos?! É preciso desfaçatez, senhor Reinaldo Amarante!
Saiba o digníssimo que se alguém, aqui neste espaço, estimulou a divisão, falando em devolução do cartão de sindicalista e exacerbando a necessidade de manter a data de 15 de Novembro para a manifestação dos “espíritos livres", não fui eu, com toda a certeza!
Julgo que é vital a união de todo o pessoal docente nesta luta contra a visão autista do Ministério da Educação e julgo, também, que só na rua é que, nesta fase do campeonato, se consegue a visibilidade suficiente para chamar a atenção dos governantes e atrair a solidariedade da sociedade portuguesa.
Mas, também, julgo que cabe aos sindicatos assumir a liderança desse processo e não aos movimentos criados na “blogosfera”, não porque não reconheça qualquer valor implícito a esses movimentos, mas porque acredito nas instituições e, por maioria de razão, nos sindicatos.
Estou convicto que quando as instituições, devidamente estruturadas e com assento, em sede de negociação, tiverem de dar lugar a um qualquer movimento desprovido de qualquer estrutura e não reconhecido pelas entidades governamentais, quem sairá a perder será todo o corpo docente.
É difícil de entender, senhor Reinaldo Amarante?

Reinaldo Amarante disse...

Esse tipo de discurso social-fascista já se encontra morto e enterrado há muito. Aliás, neste momento, as minhas energias devem ser canalizadas para outra luta e não para argumentar com quem não lê ou não sabe interpretar ou, o mais grave, interpreta como lhe convém.
Eu escrevi: "... Em todos os sítios e blogues por onde andei, tem havido disponibilidade para unir esforços, mesmo abdicando da manif do dia 15 a favor da do dia 8...
...Chamar aos Colegas "divisionistas", "anti-sindicalistas", "órfãos do PS e do PSD" apenas manifesta um espírito intolerante nada consentâneo com a gravidade do momento presente. Se a Fenprof, num período muito curto, não explicar cabalmente as razões desta atitude, será com muita mágoa que devolvo o meu cartão de sindicalizado, que já tenho há 30 anos...".
Não altero uma vírgula. Se alguém exacerbou a divisão foi o seu chefe. Se fosse radical ao ponto de defender a todo o custo a manif do dia 15, não teria feito o diaporama que foi colocado neste blogue. Para si fazia-lhe jeito que o tivese feito, mas as pessoas, quando são livres de espírito, podem pensar e decidir o que é o melhor.
"... Julgo que é vital a união de todo o pessoal docente nesta luta contra a visão autista do Ministério da Educação e julgo, também, que só na rua é que, nesta fase do campeonato, se consegue a visibilidade suficiente para chamar a atenção dos governantes e atrair a solidariedade da sociedade portuguesa...". Completamente de acordo.
Sei muito bem que, em última análise, são os sindicatos que têm a legitimidade para negociar, logo, prescindo das suas lições de sindicalismo panfletário.
Apesar de tudo, o senhor não é o meu inimigo neste processo. Logo, espero que estejamos juntos no dia 8 de Novembro em Lisboa.

Anónimo disse...

Conheço o seu discurso, senhor Reinaldo Amarante! Já o ouvi diversas vezes e, muitas dessas vezes, em forma de cassete. Aliás, a expressão “social-fascista” cola-se, na perfeição, àquilo que o senhor, de forma dissimulada, pretende transmitir e que, recordo-lhe, tem a forma de insulto barato e despropositado.
Mas para esse peditório já dei tudo o que tinha a dar, caro senhor! Não sou professor e também não sou sindicalizado. Sou um português – muito menos esclarecido, no plano da política, do que o digníssimo, eu sei! – solidário com a luta do pessoal docente deste país.
A minha solidariedade não decorre de nenhuma razão afectiva, ou, de qualquer forma, interesseira. Simplesmente, julgo que uma sociedade evoluída necessita de um quadro docente de excelência e isso só se consegue se o país estiver disponível para investir forte no seu pessoal docente.
Ainda antes de qualquer preocupação com os alunos, devem as entidades responsáveis apostar na qualidade dos seus professores. Infelizmente, o que se tem visto em Portugal é uma política ministerial que passa pela desvalorização consecutiva da actividade docente, dando primazia a um trabalho burocrático exasperante em detrimento daquilo que é a essência de qualquer professor – ENSINAR! -.
É por isso que eu gostava de ver todos os professores unidos! Não é em vão que o povo diz que se reina melhor quando se divide!
Deixe-me dizer-lhe, senhor Reinaldo Amarante que não tenho nenhum chefe que o senhor conheça. E deixe-me dizer-lhe outra coisa: se com 30 anos de sindicalizado ainda não aprendeu o essencial, temo que já não vá a tempo de aprender.
Um dia, explico-lhe o verdadeiro significado de pluralismo...