sábado, janeiro 16, 2010

TRABALHADORES DA FIAÇÃO E TECIDOS (T. NOVAS)
COM OS POSTOS DE TRABALHO EM RISCO
A fábrica com 150 trabalhadores, a maioria dos quais mulheres, atravessa uma situação muito difícil, encontrando-se neste momento em lay-off, com dois subsidios de natal e um subsidio de ferias em atraso. Em conferência de imprensa, na passada sexta-feira, o Bloco de Esquerda questionou a empresa sobre o que está a fazer para ultrapassar a actual situação.
É preciso saber que estratégia foi elaborada , qual a carteira de encomendas, quais as dificuldades que estão a encontrar, qual é a razão porque retiveram os 50% da verba oriunda da S. Social e destinada unicamente para o pagamento do subsídio de Natal aos trabalhadores.
É grave que, numa empresa com tão grandes dificuldades e cujos salários são muito baixos, em 2008 um administrador ganhou mais de 8 mil euro por mês. Em 2009 recebeu quase 7 mil euros mensais!
Jose Gusmão, o Deputado eleito por Santarém e presente na conferência de imprensa, questionou-se sobre a responsabilidade do Governo nesta matéria. O Governo não respondeu à pergunta fundamental que o Bloco lhe colocou, disse Gusmão: "como está a acompanhar a empresa do ponto de vista da sua viabilidade económica, que diagnostico tem da Companhia de Torres Novas?"
Uma boa politica de recursos humanos teria previsto atempadamente a substituição do tintureiro, um trabalhador altamente especializado, fundamental na cadeia de produção e que precisa de formação e de experiência de anos. Verifica-se hoje que não houve esse cuidado e as consequências poderão ser fatais para a recuperação da empresa.
O Ministério da Economia é responsável neste processo, o Governo não pode ficar alheio desta situação. A Câmara Municipal de Torres Novas ainda não tomou nenhuma iniciativa relativa às ameaças que pairam sobre o sustento de 150 famílias e sobre economia local, num inadmíssivel silêncio ensurdecedor.

Sem comentários: