VIA ESQUERDA

LINHA VERMELHA DOS TURE

DEVERIA CHEGAR AO CENTRO DA CIDADE

Finalmente, arrancou a segunda fase dos TURE, há muito tempo aguardada com expectativa. No entanto, o trajecto da linha vermelha não é o mais adequado. É do senso comum e faz parte da cultura geral da matéria que devem ser minimizados os transbordos para assegurar uma boa qualidade de serviço. Ora, não é isso que acontece na linha vermelha.

De facto, não se compreende como é que, sendo o Entroncamento uma cidade relativamente pequena, se concebe uma linha de autocarros que apenas circula pela periferia, sem vir ao centro.
Quem dessas periferias quiser vir ao centro da cidade terá de mudar de autocarro e pagar mais um bilhete. Ir do Casal Sentista ao Mercado (por exemplo) e voltar a casa custa 2 euros e muito tempo a aguardar quer o transporte quer o transbordo.
O vereador do Bloco de Esquerda, Carlos Matias, afirmou na Câmara Municipal que seria preferível uma solução que, servindo mais ou menos as mesmas zonas periféricas, viesse ao centro --- o que ainda aumentaria a frequência da passagem nos principais eixos urbanos e aumentaria muito a atractividade da rede.
Carlos Matias considerou ainda “estranho que do centro da cidade haja um autocarro directo ao E. Leclerc, por 50 cêntimos, enquanto de algumas periferias ao centro se pague 1 euro e se meta um transbordo pelo meio. “
“É assim que se ajuda o comércio tradicional, no centro da cidade?” --- perguntou. “Que explicação há para isto? Estou certo de haverá, mas receio que não convença os comerciantes do centro, que vêem os autocarros carregados de clientes, a passar a caminho do supermercado.”