terça-feira, junho 23, 2009

O BLOCO VAI PROPOR A ATRIBUIÇÃO DO SEU NOME A UMA RUA DA CIDADE

PADRE CARLOS LEONEL
UM HOMEM AO LADO DOS MAIS FRACOS
Em pleno marcelismo, durante o ano de 1969--- há exactamente 40 anos ---, o falecido Padre Carlos Leonel deu voz aos ferroviários no jornal local, que desde Dezembro de 1968 vinham manifestando colectivamente o seu descontentamento. Com grande coragem e espírito de solidariedade, transcreveu as cartas dos ferroviários ao ministro das Corporações e ao Presidente do Conselho, ouviu as suas queixas e criticou o espírito corporativista dos sindicatos.
Em clima repressivo e com a Igreja colada ao regime, o padre Carlos Leonel fez essa travessia sempre com a mesma coerência editorial, o que lhe custou a suspensão forçada do jornal, em Novembro de 1969 e, a seguir, o seu afastamento da paróquia.
O padre Carlos Leonel havia chegado ao Entroncamento em 13 de Outubro de 1963. No jornal local pertencente à paróquia, O Entroncamento, de 5 de Novembro desse ano, assumiu as funções de administrador e editor e dirigiu palavras de fraternidade a todos os entroncamentenses, católicos ou não:
Coincidira a sua vinda para o Entroncamento com os trabalhos do Concílio Vaticano II, que marcaram a sua acção como pessoa e como pároco preocupado com o amor ao próximo, a justiça social, o emprego e as questões laborais.
O seu exemplo de homem íntegro e corajoso, que se colocou ao lado dos mais fracos em circunstâncias muito difíceis, marcou a vida e a memória de muitos dos nossos concidadãos.
Hoje, quarenta anos depois, Bloco de Esquerda evoca respeitosamente a memória do Padre Carlos Leonel. Seria mais do que justa a atribuição do seu nome a uma rua da nossa cidade e o Bloco de Esquerda irá propô-lo, para que se perpetue entre
nós o seu nome e o seu exemplo.

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