terça-feira, dezembro 28, 2010

CÂMARA DO ENTRONCAMENTO CONTRA DESPEDIMENTOS NA FERROVIA
Perante notícias de que o grupo CP se prepara para despedir 815 trabalhadores, o executivo resolveu manifestar "a sua total solidariedade com os ferroviários e com as suas organizações, na defesa dos seus postos de trabalho." A Câmara "defende que a rentabilização dos recursos das empresas ferroviárias não pode fazer-se à custa do crescimento do desemprego, opção ainda mais inaceitável quando vinda de empresas públicas". Manifesta ainda "grande preocupação pelas opções que estão a ser tomadas pelas empresas do Grupo CP, que colocam em risco centenas de postos de trabalho de ferroviários".
A tomada de posição foi tomada por iniciativa do vereador do Bloco de Esquerda, Carlos Matias, e aprovada por unanimidade
O texto da Moção aprovada recorda que "a ferrovia é a matriz fundacional do nosso concelho e é, ainda hoje, a fonte de rendimento de boa parte das famílias da nossa cidade."
A Câmara Municipal do Entroncamento não poder ficar "indiferente às incertezas e ás angústias que, neste momento, assaltam muitos dos nossos munícipes ferroviários." Pelo contrário, o executivo afirma estar bem ciente "do impacto social e económico que as medidas anunciadas poderão vir a ter, com o agravamento do desemprego no concelho."

domingo, dezembro 26, 2010

CORREIO DA MANHÃ
DEFENDE OS PRIVILÉGIOS DOS BANCOS
O matutino Correio da Manhã noticia a aprovação pela Assembleia Municipal de Portimão de uma taxa sobre os multibancos colocados na via pública. Portimão segue assim o exemplo do Entroncamento, cuja Câmara já deliberou aplicar essa taxa, por iniciativa do Bloco de Esquerda. Curioso é tal deliberação suscitar uma opinião do director-adjunto do jornal, Armando Esteves Pereira, classificando-a de "via perigosa".
E porquê? Porque, para ele, "obviamente, os bancos vão imputar essa eventual factura aos utilizadores." Acrescenta, aliás que "a ideia de taxar as caixas multibanco acaba por ser perversa porque castiga um serviço público prestado aos cidadãos."
Ora, é o próprio Correio da Manhã a informar ser ilegal a cobrança de qualquer taxa sobre os utilizadores das caixas ATM, estejam colocadas em espaço público ou em espaço privado. Portanto, "obviamente" os bancos não poderão repercutir a taxa sobre os clientes, a não ser que paguem as pesadas multas previstas para quem não cumpre a lei.
Além disto, um multibanco é tão "serviço público" como qualquer outro serviço ou comércio: vive do público, pois claro... Mas, enquanto qualquer pequeno café paga para ter uma esplanada e negociar na via pública ou colocar um simples toldo, os bancos têm beneficiado de uma isenção incompreensível. Para Armando Esteves Pereira tal privilégio será absolutamente natural.