domingo, julho 30, 2006

QUAL O PAPEL DAS OFICINAS DO ENTRONCAMENTO?


PLANO ESTRATÉGICO DA EMPRESA ESTÁ A "SER IMPLEMENTADO"

Embora não entrando "em detalhes", a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirma estar a ser implementado o Plano Estratégico da empresa apresentado em 24 de Março último.
Aí, previa-se a concentração da produção em vários "centros de inovação ferroviária", entre os quais o Entroncamento.
Segundo a governante, através de parcerias com empresas privadas, já estará assegurado mais de metade dos 22,4 milhões de euros, necessários para a concretização do plano. A parte restante virá, segundo Ana Paula Vitorino, das receitas da actividade da empresa

A IMPORTÂNCIA DOS DETALHES
No que se refere ao Entroncamento, são importantes os detalhes omitidos.
Continua por saber qual é, exactamente, o perfil das funções a atribuir às oficinas do Entroncamento nesse Plano Estratégico. Não se sabe também se se concretizam os muitos milhões prometidos para o investimento nas oficinas locais, ou qual é o nível de investimento e em quê. E -- já agora -- faltará também saber agora qual o tipo de parcerias estabelecidas com empresas privadas.
A Assembleia Municipal fez-se eco de algumas destas preocupações na sua reunião de 27 de Abril último, aprovando na altura uma proposta apresentada pela CDU.
Nesse texto, a Assembleia Municipal defendeu que fosse "reanalisado o Plano Estratégico da EMEF para o triénio 2006-2008, não retirando do Concelho actividades estratégicas para as quais existe “know-how" técnico acumulado, capacidade de trabalho e disponibilidade para reaprender dos trabalhadores locais que, ao longo de anos e anos, contribuíram para fazer do Entroncamento o grande centro de reparação e manutenção de equipamento ferroviário".
Por proposta do Bloco de Esquerda, também aprovada, a Assembleia Municipal solicitou ainda que fossem "concretizados os vultuosos investimentos em tempos anunciados pela Senhora Secretária de Estado dos Transportes".
Até ver, nenhuma das preocupações obteve resposta e foram agora remetidas para o estatuto menor de simples "detalhes".

UMA HISTÓRIA TELÚRICA



O SOL DOS SCORTA
ROMANCE DE LAURENT GAUDÉ


Luciano Mascalzone esteve preso quinze anos e regressa agora à sua aldeia, a tórrida Montepuccio, na Puglia, região do sul de Itália. De burro, entra na aldeia, sob um sol impiedoso. Nas ruas não se vislumbra vivalma. A passos lentos, vai ao encontro de Filomena Biscotti, a mulher que deseja há muito. Porta aberta, ela deixa-se violar.
Mas, sem que Luciano dê pela troca, ela não é Filomena, mas a sua irmã Immacolata. Dessa primordial ligação fortuita, com fim trágico, nascerá Rocco.

Será o primeiro dos Scorta, cuja saga nos chega pela escrita de Laurent Gaudé.

ESCRITA SOLAR
Escrita seca e emotiva, recortando personagens fortes, sobre o fundo de uma natureza inclemente, de uma terra árida que as marca na vida e no carácter.
Por ali passam as vidas, os dramas, a solidariedade e os sonhos de cinco gerações dos Scorta, de 1870 até aos nossos dias.
Sob o sol cruel da Púglia, as personagens nunca poderiam ser a preto e branco. Pelo contrário, são contraditórias, humanas: desde os padres – próximos da dimensão terrena dos seus paroquianos e longe do universo divino – até aos últimos dos Scorta, homens generosos e bons que vivem do contrabando…E em todos há a mesma tenacidade.
“Quando há um projecto, uma ambição, há uma energia, um motor de combate, de construção. Quando nos batemos por alguma coisa, isso é do mais belo que existe na vida”, disse Laurent Gaudé, em entrevista recente. Percebe-se o sentido da afirmação, neste romance notável .

Escrita solar, para ler no Verão. Ou em qualquer outra estação.

Edições Asa, 220 páginas, €16
Prémio Goncourt 2004


quinta-feira, julho 27, 2006

OCUPAÇÃO DO PARQUE MANTÉM-SE RELATIVAMENTE ESTACIONÁRIA

OCUPAÇÃO ABAIXO DA MÉDIA DESDE JANEIRO

A pedido do Bloco, a Câmara Municipal acaba de nos fornecer os números relativos à ocupação mensal do parque de estacionamento subterrâneo da Praça Salgueiro Maia.
Os dados fornecidos são muito escassos: só se referem às entradas, não indicando o tempo médio de permanência nem as entradas a diversas horas, por exemplo. Por outro lado só se reportam até a Abril último (já estamos no final de Julho!). Ainda assim é possível detectar algumas tendências.
Vejamos então os numeros:

Julho 2005 - 10923
Agosto 2005 - 8569
Setembro 2005 -13505
Outubro 2005 - 10910
Novembro 2005 - 10241
Dezembro 2005 - 15875
Janeiro 2006 - 9959
Fevereiro 2006 - 9000
Março 2006 - 9484
Abril 2006 - 10086

Média - 10855 entradas/mês

Como se verifica, exceptuando 2 meses compreensivelmente atípicos (Agosto e Dezembro de 2005), quase todos os outros meses têm um número de entradas de 10000+-10%.
Só o mês de Setembro do ano passado apresenta um número realmente "anormal" de entradas.
Até Abril, este ano nenhum mês atingiu a média deste período, havendo uma ligeira recuperação desde Fevereiro.

Sendo muito limitada esta série de meses, ainda assim ela não deixa de ser interessante Convirá tê-la presente -- assim como às reais taxas de ocupação --, quando o estacionamento passar a ser pago.


CP IMPEDE EMEF DE FACTURAR 5 MILHÕES DE EUROS

"ENGENHARIA FINANCEIRA" REDUZ PREJUÍZOS DA CP À CUSTA DA EMEF


Segundo noticia o matutino Público de hoje, a CP terá suspendido o envio de ordens de compra à EMEF (empresa sua afiliada), durante todo o primeiro semestre deste ano.
Dai que, apesar de os trabalhos de manutenção e reparação terem sido executados, a EMEF ficasse impedida de os facturar.
Desta forma, a CP "aliviou" as suas contas de 5 milhões de euros, montante que a EMEF não recebeu. Em consequência, esta empresa teve que recorrer a um empréstimo bancário, pagando os respectivos juros.
Ainda segundo o Público, só agora estarão a ser enviadas essas ordens de compra atrasadas, permitindo à EMEF emitir as facturas referentes a trabalhos executados há meses.

terça-feira, julho 25, 2006

ENTRONCAMENTO NA ROTA DA MARCHA PELO EMPREGO


12 DE SETEMBRO, TERÇA-FEIRA A "MARCHA PELO EMPREGO" PASSARÁ PELA NOSSA CIDADE


Porquê uma "Marcha pelo Emprego"?
Por cada dia que passa inscrevem-se mais 159 trabalhadores nos Centros de Emprego. Em 365 dias de Governo do Partido Socialista, mais 58 000 desempregados engrossaram a já longa lista, cifrando-se agora em 600 000 o total de pessoas que procuram emprego.
A GM na Azambuja, aqui bem perto de nós é infelizmente o espelho do que se passa no País.
A proposta do Governo Sócrates de “mobilidade” para a função pública, é o maior processo de despedimento colectivo que qualquer governo até hoje fez.
Toda a argumentação governamental assenta na ausência de alternativa, na inevitabilidade destas políticas económicas, na impotência de fazer face a uma globalização capitalista geradora de desemprego, empobrecimento da população e destruição dos deveres sociais do Estado.


A MpE VAI DIZER QUE HÁ ALTERNATIVA
Nesta marcha demonstraremos as falácias de um governo que, prosseguindo as políticas conservadoras, nos diz que precisamos de abdicar do jantar para termos direito ao almoço.
Desmontaremos a ideia da inevitabilidade do desemprego, com o seu cortejo de aceitações das falências e das deslocalizações. O capitalismo gera desemprego porque se baseia na injustiça e na violência da repartição do rendimento. Os escandalosos lucros bancários são o exemplo do parasitismo que domina o poder económico e político. E que o crescimento da economia não significa mais emprego se não houver distribuição de riqueza.

Apontaremos os nomes e a história dos que dirigem a vida económica, mostrar como enriquecem e como governam o país.
Esta iniciativa é uma acção de cidadania proposta pelo Bloco e aberta a todas as pessoas, sindicalistas ou não, membros de ONG, movimentos sociais, simples cidadãos, empregados ou não, estudantes, que queiram dar um contributo de protesto e construção de alternativa e esperança.

UMA MARCHA COM CONTEÚDO
O Bloco apresentará um programa detalhado, praticável e mobilizador. Um programa que inspire a acção social, os cadernos reivindicativos, a luta e a vida dos empregados e dos desempregados.
O Bloco apresentará propostas sobre quase toda a amplitude social do emprego, da precariedade ao trabalho por turnos, do trabalho cultural e científico à sustentabilidade da segurança social.

O Bloco demonstrará a importância e a necessidade do Estado na criação de emprego, no investimento público, nos serviços de apoio social às pessoas como as portadoras de deficiência, idosos e crianças, no combate às assimetrias regionais e ao despovoamento do interior do país que convocam melhores serviços públicos e não a destruição destes.

No dia 12 de Stembro, a MpE cumprirá a etapa Torres Novas-Entroncamento, com passagem por Riachos. Mais adiante divulgaremos o programa detalhado.
Entretanto, mantenha-se atento e prepare-se para participar... pelo emprego.

segunda-feira, julho 24, 2006

SECTORES DA IGREJA CATÓLICA JUNTAM-SE À EXIGÊNCIA:


CESSAÇÃO IMEDIATA DAS AGRESSÕES, BOMBARDEAMENTOS DE TERROR, INCURSÕES, DESTRUIÇÕES E BLOQUEIO DA FAIXA DE GAZA E DO LÍBANO POR PARTE DE ISRAEL

Personalidades da Igreja Católica, como o bispo D. Januário Torgal Ferreira (na foto) e Frei Bento Domingues, juntaram o seu nome a um abaixo-assinado subcrito por muitos outros nomes conhecidos da cultura e da política. Entre eles, estão Eduardo Prado Coelho, Luís Miguel Cintra, Maria Velho da Costa, José Mattoso, Rui Vilar (Presidente da Fundação Gulbenkian), o eurodeputado do Bloco, Miguel Portas, e a eurodeputada Ilda Figueiredo (PCP).

O texto considera estarmos perante um "crescendo da vasta ofensiva bélica de Israel e bombardeamentos de terror", criando uma "tragédia humanitária" que vitima o "martirizado povo palestianiano".

O numeroso grupo de subscritores do abaixo-assinado considera "desproporcionadas" as acções de Israel para exercer o seu direito a defender-se, uma "punição colectiva dos povos palestiniano e libanês". Defendem a cessação imediata de todas as agressões.

Assinala-se ainda a ocorrência em Israel de "vítimas civis de mísseis lançados a partir do sul do Líbano".

sábado, julho 22, 2006

A GUERRA VISTA PELOS BLOGS DO LÍBANO


Vale a pena acompanhar alguns dos muitos blogs feitos a partir do Líbano. Eles dão informação directa, pouco filtrada, mas também transmitem a angústia de gente comum que vive num país bombardeado constantemente.

Kerblog: um blog de um artista, Mazen Kerbaj, que combate a guerra com desenhos, poemas, sons. Imperdível

All kinds of writing: um blog sobre a arte da escrita que se transformou num diário de guerra
Darn Kit: um blog cheio de fotografias dos ítios históricos do SDul do Líbano, cidades como Sídon e Tiro.

The arabist: um blog feito no Egipto muito bem informado sobre a actual guerra

Fotoblog do The Arabist no FlickR: muitas fotos do Líbano. Cuidado: há fotografias realmente chocantes!

Mais informação em "Dossier Líbano", no Esquerda

quinta-feira, julho 20, 2006

FERNANDO ROSAS NO PARLAMENTO



GOVERNO TEM DE CONDENAR A GUERRA!



O deputado do Bloco de Esquerda Fernando Rosas exigiu no parlamento que o governo tome uma posição perante as acções militares de Israel na Palestina e no Líbano.
Fernando Rosas lembrou aos deputados do PS que o governo socialista Espanhol já condenou a acção do exército hebraico. E recordou, que essas acções contra os civis, foram qualificadas pelo alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Louise Arbour, como “crime de guerra”.
O Bloco mantém a firme convicção que só com negociações e o cumprimento das resoluções da ONU que pugnam pelo direito do povo palestiniano a constituir um Estado independente, será possível travar esta escalada de violência. “De que está à espera o Estado Português para tomar posição? Que lhe dêem licença? Porque se cala o Governo Português perante uma agressão ilegal e desumana contra o Líbano e a Palestina?”, denunciou o deputado do Bloco.

O PS DO COSTUME: "PORVENTURA" CONTRA A GUERRA...
Por sua vez, o deputado do PS Vera Jardim relativizou a questão dizendo que o Bloco de Esquerda se esquece de condenar os “porventura os principais responsáveis”: o Hezbollah e o Hamas.
Na resposta, Fernando Rosas condenou todos os actos terroristas, mas acusou o governo de escamotear a questão fundamental: a resolução da questão palestiniana e acabar com a impunidade de acção do Estado de Israel que bombardeia, mata , sequestra e assassina os seus adversários políticos árabes.

in "Esquerda"

DISCUSSÃO DO PDM LÁ VAI ANDANDO...


RECEPTIVIDADE NULA DO PSD A QUALQUER SUGESTÃO DO BLOCO PARA A REVISÃO DO PDM

Foi presente à última sessão de Câmara um ofício do Chefe da Divisão de Urbanismo, Arquitecto Silvino Santos, com um conjunto de 14 sugestões de alteração ao estudo prévio de Revisão do PDM.

De uma forma muito genérica, tratava-se de algumas reafectações dos terrenos em pequena zonas e algumas alterações aos traçados de algumas vias urbanas mais estruturantes.

O Bloco, em reunião do executivo local, analisou essa proposta -- que iria ser validada ou não pela Cãmara.
Como é normal, considerámos pertinentes algumas das 14 propostas , outras pareceram-nos susceptíveis de serem aceites (dependendo de esclarecimentos complementares); num ou noutro caso, a proposta era inaceitável. É o caso da redução da faixa de não edificação de 100m para 50m, na zona adjacente à A23.

Numa atitude de intransigência cega, o PSD não aceitou uma única das nossas sugestões. Nestas circunstãncias votámos contra o documento, sendo o PSD o único a aprovar sem alterações a proposta do Chefe da Divisão de Urbanismo.

terça-feira, julho 18, 2006

AQUI MESMO AO LADO, EM ESPANHA

GUERRA CIVIL DEFLAGROU HÁ 70 ANOS

II REPÚBLICA COMEÇOU HÁ 75

Em 18 de Julho de 1936 um grupo de militares conservadores do exército espanhol, com o apoio dos sectores mais retrógrados e da Igreja, desencadeou um golpe de estado para pôr fim à II República Espanhola, iniciada em Abril de 1931.
Durante 3 anos, entre 36 e 39, teve lugar uma luta sangrenta, entre os sectores republicanos e mais progressistas de Espanha e o poder oligárquico conservador, apoiado pelo exército e pela Igreja.
Estes anos de guerra foram por muitos considerados como o primeiro episódio da 2ª Guerra Mundial. Em Portugal, Salazar desde cedo percebera que o seu próprio poder estaria em jogo e apoiou os revoltosos por todas as formas, desde o início.
A Guerra Civil de Espanha é um episódio fundamental da história do país vizinho. É, por consequência, um acontecimento que marca a nossa própria história recente.
É, portanto, estranho que seja tão pouco conhecida e que sejam menosprezadas e apagadas as marcas que deixou na memória do nosso próprio povo.

GEMINAÇÃO COM CIDADE ESPANHOLA FOI PARA A GAVETA
Em Junho de 2002, em circunstâncias específicas que facilitaram a abordagem desta matéria, o Bloco propôs na Assembleia Municipal do Entroncamentouma recomendação para que fosse reafirmada “a cordialidade e o sentido fraternos das relações entre os povos dos dois países”.

Concretamente, o Bloco propôs e a Assembleia Municipal aprovou uma recomendação à Câmara Municipal do Entroncamento para a prospecção de contactos e de meios que permitissem o estabelecimento de um acordo de geminação com uma cidade espanhola congénere.
No fundo, a recomendação partia da visão estratégica de que também devemos (à nossa pequena escala) contribuir para o fortalecimento de laços com povos vizinhos, com quem partilhamos a fronteira e a história.

Na altura, a recomendação seguiu para a Câmara e lá estará. Na gaveta, é claro.



ROBERT CAPA


O FOTÓGRAFO DA GUERRA CIVIL DE ESPANHA


A foto do post acima capta o momento exacto em que um miliciano da República é atingido mortalmente, na guerra civil de Espanha. É um momento emblemático, retratado pela objectiva de um dos maiores repórteres fotógrafos de sempre, o húngaro-americano Robert Capa.
O mundo e a memória que dele guardamos seriam outros sem as fotografias de Robert Capa e de muitos dos seus companheiros da Agência Magnum, uma cooperativa de fotógrafos independentes de que foi fundador.


Robert Capa nasceu em Budapeste, em 1913, com o nome de André Friedman. Só aos 20 anos, já em Paris, adoptaria o pseudónimo por que se veio a imortalizar. A cobertura da Guerra Civil de Espanha (36-39) foi, aliás, o primeiro de uma longa série de grandes reportagens fotográficas, por todo o Mundo.
Capa viria a falecer relativamente jovem, em 1954, vítima de uma mina terrestre, quando estava em reportagem na Indochina, ao serviço da revista Life.

Para a posteridade, deixou imagens inesquecíveis e a memória de um fotógrafo genial, comprometido coma vida, com a humanidade e com seus dramas e conflitos.

segunda-feira, julho 17, 2006

TRÂNSITO DA ZONA NORTE VAI MUDAR

SENTIDOS ÚNICOS MAIS GENERALIZADOS


A Câmara aprovou nova alteração ao estudo do trânsito na zona norte do concelho, um estudo que já havia sido aprovado em 2003 -- mas até agora nunca concretizado...

A solução agora apontada pelo PSD para a resolução das dificuldades de trânsito passa por uma generalização dos sentidos únicos.

Há locais em que a opção até se compreende e aceita, como nalguns arruamentos estreitos do Bairro da Liberdade ou a Rua Elias Garcia. Já noutros casos, como o da Rua Cidade de Penafiel, o estabelecimento de sentido único apenas vem complicar desnecessariamente a fluidez do tráfego rodoviário.

O vereador do Bloco de Esquerda, Henrique Leal, fez notar que as respostas agora procuradas para as ruas atulhadas de carros serão insuficientes no futuro, se o PSD continuar a autorizar novas construções sem os lugares de parqueamento obrigatórios.
Depois, perante alguma sugestões do Bloco que visavam a melhoria da proposta apresentada para o trânsito da zona norte, a opção da maioria absoluta PSD foi a do costume: foram todas rejeitadas.
Nestas circunstâncias o Bloco votou contra a proposta, apenas aprovada com os votos do PSD. O PS absteve-se.

Desconhece-se se o documento é para cumprir e entra em vigor a curto prazo ou se, como anteriormente, o PSD o manterá mais alguns anos em "banho-maria".

NOVO PLANO FERROVIÁRIO EM SETEMBRO

MINISTRO MÁRIO LINO ANUNCIA MAIS ENCERRAMENTOS DE LINHAS

Segundo o Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, "não vale a pena gastar dinheiro a sustentar uma coisa que é utilizada por poucas pessoas".
O Ministro parece não encarar a hipótese de levar as pessoas a utilizar a ferrovia. O planeamento global, a promoção do ordenamento do território e até o marketing ainda lá não chegaram.

O caso é ainda mais evidente porque, na altura das declarações, Mário Lino se pronunciava sobre o futuro da Linha do Tua, entre Mirandela e a foz do Tua, considerada uma das mais belas de Portugal e o Mundo. As Câmaras e a iniciativa privada que tratem disso, foi o melhor que, a propósito, os jornalistas conseguiram arrancar da brilhante e ministerial cabeça.

Curiosamente, o PNPOT (Programa Nacional para a Política de Ordenamento do Território), documento agora em debate público, prevê para a zona do Tua o desenvolvimento "do cluster do turismo, explorando as múltiplas potencialidades existentes". Prevê ainda o reforço "do sistema urbano", explícitamente incluindo aí a cidade de Mirandela. Bem prega Frei Tomás...

CONSEQUÊNCIAS PARA O ENTRONCAMENTO
Para o Entroncamento, o anúncio em Setembro do Plano Nacional Ferroviário, poderá ter consequência a dois níveis.
Por um lado, interessa saber se a ferrovia é ou não aposta estratégica para o país, com evidentes consequências nas infraestruturas locais de construção, reparação e manutenção de material ferroviário.
Por outro lado, há que saber qual o papel atribuído à estação do Entroncamento na articulação dos fluxos ferroviários, entre as diversas linhas.

sexta-feira, julho 14, 2006

CÂMARA ACEITOU RECOMENDAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ZECA AFONSO VAI SER EVOCADO DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2007

Durante o primeiro trimestre do próximo ano, por altura dos vinte anos da sua morte, ocorrida em 23 de Fevereiro de 1987, um conjunto de iniciativas evocará a vida e a obra de José Afonso.
A Câmara do Entroncamento acolheu, pois, a recomendação unânime da Assembleia Municipal, nesse sentido -- como já havia sido dado conta em post anterior.

Esta semana, teve lugar um encontro de trabalho entre o verador João Fanha Vieira e Carlos Matias, em representação do Bloco, cuja bancada apresentara a proposta de recomendação na Assembleia Municipal.

Nesse encontro, a pedido do vereador fanha Vieira, foram adiantadas algumas sugestões mais concretas.
Por parte do Bloco foi especialmente sublinhado o entendimento de que o programa deveria ser muito abrangente, quer na diversidade de eventos, quer na sua abordagem. E que deveria ser aberto ao máximo de participações, quer individuais quer de associações.

Por parte da Cãmara, irá haver um contacto com a Associação José Afonso, a quem será pedida colaboração

HENRIQUE LEAL EM PROGRAMA DA RTP2


VEREADOR DO BLOCO FALA SOBRE A HISTÓRIA DO CAMINHO DE FERRO

Na sua qualidade de mestre em história do caminho de ferro e no âmbito da sua tese sobre a antiga "Escola de Aprendizes da CP", nesta sexta-feira, Henrique Leal grava para um programa da RTP2.
O programa televisivo incide sobre a história dos 150 anos do caminho de ferro, em Portugal.

As gravações terão lugar na sede do Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento.

quarta-feira, julho 12, 2006

CÂMARA DE TORRES NOVAS ANDA AO MESMO:

DINHEIRO


... AS ASSOCIAÇÕES E OS CLUBES QUE PAGUEM !

Encontra-se em apreciação pública o projecto de regulamento da Alcaidaria do Castelo, local de reuniões e encontros muito utilizado pelos clubes e associações de Torres Novas. Também se encontra em análise a respectiva tabela de taxas.
A proposta apresentada é bem elucidativa da política de cultura e educação, e do entendimento sobre participação cívica, que tem o executivo camarário torrejano, presidido pelo Partido Socialista.
Face à situação financeira calamitosa (lá como cá...), pretende agora a Câmara resolvê-la à custa dos munícipes, com o aumento brutal de várias taxas, sobre vários serviços. Entre estes estão os serviços prestados na Alcaidaria do Castelo.

CÂMARA PROPÕE AUMENTOS BRUTAIS
Propõe a C. M. que as iniciativas das escolas e colectividades fora do horário normal de funcionamento, (horário normal dias úteis 9 ás 17horas) passem a pagar 30 euros mais IVA, mais encargos com pessoal decorrentes da abertura, fecho e vigilância das instalações, contra os actuais 9.98 euros.
Só o valor fixo são mais de 300% de aumento.

Propõe a C. M. de Torres Novas que bailes, festas da iniciativa das escolas e colectividades, sem utilizarem a cozinha, paguem 100 euros, mais IVA, mais encargos com pessoal, decorrentes da abertura, fecho, e vigilância, contra os actuais 9,98 euros. Só o valor fixo tem um aumento de 1000%.

Propõe a C. M. para uma situação idêntica à anterior, mas com utilização de cozinha, 200 euros, mais os outros encargos já referidos. Só os encargos fixos têm um aumento de 2000%.

Propõe ainda a C. M. que a utilização daquele espaço por entidades várias sem fins lucrativos, para reuniões, seminários, convívios, tenham um custo de 30 euros/hora, sem utilização de cozinha e com utilização de cozinha 45 euros/hora, contra os actuais 25 euros independentemente do tempo de utilização.

AUMENTOS DIFICULTAM A VIDA ASSOCIATIVA
Com esta política expressa nestas taxas a Câmara Municipal de Torres Novas diz bem que política de cultura e educação prossegue, se alguém tivesse dúvidas elas ficariam esclarecidas.
Ao invés de promover a utilização dos poucos espaços existentes e isso significa entre outras medidas a cobrança de taxas comportáveis pelas várias instituições, a Câmara Municipal prefere a todo o custo e de todas as formas, tentar resolver a dívida enorme que tem.
Para o BE o que a C. M. está a fazer é a impedir o acesso das pessoas e das instituições à Alcaidaria do Castelo.

Todas as políticas da Câmara Municipal de Torres Novas se submetem à política orçamental.
Onde é que nós já vimos isto?

Basta lembrar-nos que, este ano, no Entroncamento, pela primeira vez, os clubes e associações tiveram de pagar o aluguer das tasquinhas nas Festas da Cidade.

O Bloco de Esquerda de Torres Novas emitiu um comunicado a condenar esta orientação. Aí, o Bloco apela aos e às munícipes que se pronunciem neste período de apreciação pública, contra esta política que impede a participação cívica dos cidadãos e cidadãs.

terça-feira, julho 11, 2006

UMA EXPOSIÇÃO EXCEPCIONAL



COLECÇÃO RAU
Grandes Mestres da Pintura de Fra Angélico a Bonnard

A exposição apresenta um magnífico conjunto de 95 pinturas seleccionadas a partir de uma grande colecção privada da segunda metade do século XX, a colecção do médico e filantropo Dr. Gustav Rau, constituída “com paciência e paixão”, como ele próprio gostava de dizer, a partir da década de 60.

Uma ocasião única, neste Verão, para visitar uma exposição em itinerância mundial.

MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA
Até 17 de Setembro 2006
Endereço: Rua das Janelas Verdes1249-017 Lisboa

Horários: Ter: 14h - 18h Qua a Dom: 10h - 18h
Telefone: 213 912 800
Fax: 213 973 703
E-Mail: mnarteantiga@ipmuseus.pt
Acessos: Autocarros: 27, 40, 49, 60 Eléctricos: 15, 18, 25

Em cima, à direita, na foto:
Bernardino Luini (c. 1485-1532), Retrato de jovem mulher, c. 1525.
Óleo sobre madeira. Foto: © Pertencente à Colecção Rau, s/A, Cologne.

DESEMPREGO AGRAVA-SE NA NOSSA REGIÃO


GM ROMPE COMPROMISSOS E ENCERRA FÁBRICA EM DEZEMBRO: MUITAS FAMÍLIAS DO RIBATEJO-NORTE SERÃO ATINGIDAS

O vice-presidente da GM Europa para a área industrial anunciou nesta terça-feira que a fábrica da Azambuja fecha no final do ano e a produção será transferida para Saragoça, rompendo assim os compromissos que tinha assumido com o Estado português e com os trabalhadores.

António Chora, da mesa Nacional do Bloco e coordenador da CT da Autoeuropa, afirmou ao Esquerda: "É lamentável e mostra a facilidade com que as multinacionais deslocalizam. Neste caso é de salientar que a deslocalização é feita para um país onde a mão de obra é mais cara que em Portugal".

Muitas famílias da nossa região irão ser atingidas por esta criminosa operação de despedimento colectivo, já que muitos trabalhadores do Ribatejo-Norte se deslocam diariamente para a fábrica da GM, na Azambuja

segunda-feira, julho 10, 2006

REQUERIMENTO DIRIGIDO AO MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

BLOCO PEDE RESPOSTAS SOBRE O VIADUTO DA A23

Através da deputada Helena Pinto, o Bloco de Esquerda dirigiu ao Ministro o requerimento que adiante se transcreve na íntegra.

"O viaduto que atravessa a auto-estrada A23 na zona do Casal do Grilo, freguesia de N. S. de Fátima, concelho do Entroncamento, há muito que constitui motivo de preocupação por parte da população que diariamente se vê obrigada a utilizá-lo nas suas deslocações quotidianas.

Naquele viaduto já aconteceram vários acidentes graves, dos quais já resultaram três acidentes mortais, consequência, sobretudo, da deficiente construção do mesmo.

O anterior ministro das Obras Públicas, António Mexia, devido às constantes reivindicações da população, prometeu, em Novembro de 2004, a actuação do Governo no sentido de possibilitar aos cidadãos residentes naquela área geográfica uma passagem segura sobre a A23.

Ora, com todas as vicissitudes políticas já ocorridas, é a população que todos os dias tem de atravessar a A23 que sofre por causa da omissão de actuação por parte do Estado num assunto premente como este, pois, recorde-se, está em causa a segurança das pessoas, muitas delas crianças e idosos, que por ali têm de passar.

O Bloco de Esquerda insta assim o Governo a rapidamente ultrapassar os necessários procedimentos burocráticos de forma a possibilitar a todos os cidadãos residentes naquela área uma forma completamente segura de atravessar a auto-estrada A23.

BLOCO COLOCA DUAS PERGUNTAS AO MINISTRO
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, requer-se ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, as seguintes informações:

- Tem conhecimento da situação descrita?

- Pretende V. Exa. iniciar os necessários procedimentos para possibilitar à população local uma passagem segura sobre a A23, na zona do Casal do Grilo, concelho do Entrocamento?"


O Bloco divulgará publicamente a resposta do governo, logo que recebida.

BLOCO LIDERA



83 PROJECTOS-LEI APRESENTADOS

21 PROJECTOS-LEI APROVADOS


A Bancada do Bloco de Esquerda na Assembleia da República apresentou na presente sessão legislativa 83 projectos-lei, dos quais 21 foram aprovados.

O enorme trabalho produzido pela equipa liderada por Luís Fazenda (na foto, em cima) superou em um o número de diplomas apresentados pelo PCP e mais do que duplicou as 39 iniciativas do PSD.

O Partido Socialista não foi além das 30 iniciativas legislativas

sábado, julho 08, 2006

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DO PCP




O QUE ELES DISSERAM SEM SE RIR

Numa conferência de imprensa, António Ferreira, do PCP- Entroncamento, e João Filipe do PCP-Barquinha, acusaram o BE de querer entregar " as águas por “concurso” – seguindo a linha da actuação na CM de Salvaterra de Magos – as transnacionais ganham sempre."

Bastaria,
- ler as posições do Bloco neste blogue;
- ou ler o comunicado do BE distribuído massivamente por toda a cidade;
- ou ouvir as intervenções dos autarcas do Bloco;
- ou, simplesmente, atender ao sentido de voto dos autarcas do Bloco
para saber, como toda a gente sabe, que o BE foi e é contra a privatização das águas.

Mas não.
Os senhores da foto acima (que, com a devida vénia, retirámos do EOL), contra todas as evidências e contra o que toda a gente sabe, ouviu e viu, tiveram o desplante de dar a cara pela mentira que transcrevemos.

Quando um partido com as responsabilidades do PCP chega ao ponto de assentar a sua argumentação na mentira, é porque a sua debilidade é, afinal, muito maior do que se pensa.

Que dirão a "isto" os comunistas?


quinta-feira, julho 06, 2006

VINTE ANOS DEPOIS, ESTÁ VIVA A MEMÓRIA DO ZECA



2007 SERÁ O ANO
JOSÉ AFONSO

Estamos a menos de um ano duma efeméride particularmente significativa. A 23 de Fevereiro de 2007 cumprir-se-ão exactamente 20 anos sobre a morte de José Afonso, uma data marcante que cumprirá assinalar com a dignidade e o relevo que a personalidade merece.

José Afonso foi músico, cantor e poeta, senhor do lirismo mais doce e capaz da palavra mais cortante. Foi professor, pedagogo, combatente pela democracia e pela liberdade, espírito crítico, rebelde e exigente, visionário de uma terra onde “ser digno” fosse conjugado no presente e no plural, companheiro e amigo dos simples e dos humildes. Fez de “terra da fraternidade” mais do que a estrofe de uma canção e a senha do 25 de Abril: fez da fraternidade uma palavra de ordem para a sua própria acção quotidiana. José Afonso foi, em suma, um português exemplar.

O seu perfil como homem transcende em muito a imagem redutora do mito. O Zeca foi uma personalidade rica e complexa, prenhe de contradições, de angústias e de sonhos – muitos sonhos.

A menos de um ano dos vinte sobre a morte de José Afonso, cremos ter chegado a hora de preparar com tempo a homenagem que ele merece, perpetuando-lhe a obra e dando-o a conhecer nas suas múltiplas facetas, sobretudo às gerações mais jovens.

O ENTRONCAMENTO ASSINALARÁ A EFEMÉRIDE
Nesse sentido, por proposta do Bloco acolhida por unanimidade, a Assembleia Municipal do Entroncamento recomendou à Câmara do Entroncamento que preparasse para o primeiro trimestre do próximo ano um ciclo de actividades de homenagem a José Afonso, procurando envolver as colectividades, as escolas e a comunidade, em geral.


Na sequência desta recomendação, a Câmara já solicitou à Assembleia Municipal que a bancada do Bloco de Esquerda concretizasse mais a recomendação, o que fizemos numa reunião já ocorrida na última Quarta-Feira, dia 12 de Julho.


Visite o site da Associação José Afonso
http://www.aja.pt/

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A MENTIRA TEM PERNA CURTA:

RUBEN DE CARVALHO E OS "BONS VELHOS" MÉTODOS

Colunista do DN, o dirigente comunista Ruben de Carvalho escreve o seguinte: “Esta lei [do aborto] existe pela única e exclusiva razão de que os deputados do CDS e do PSD mas também os do PS e os do Bloco de Esquerda se recusam a fazer aquilo que têm inteira possibilidade e completa legitimidade para fazer: mudá-la.” RC mente descaradamente.
Nos seus comunicados sobre as condenações de Aveiro, tanto o PCP como o alter-ego PEV acusaram o Bloco de ser responsável pela condenação das mulheres a uma pena de prisão. Um dos porta-vozes do PCP no “Público”, Vitor Dias, tinha escrito o mesmo. Um comunicado do PCP, há alguns meses, apresentava uma foto de Francisco Louçã acusando-o de ser o responsável pelos julgamentos das mulheres em Portugal.


O IRREMEDIÁVEL SECTARISMO
O sectarismo é a doença senil da esquerda. A mentira também. Estas afirmações são mentirosas. O PCP afirma que o Bloco recusaria e teria rejeitado a alteração da lei. Pelo contrário, o Bloco foi o único partido – e não o PCP – a propor e a levar ao voto do Parlamento a continuação do trabalho de especialidade da lei descriminalizadora, que já foi aprovada na generalidade, depois de ter sido rejeitado o referendo. O Bloco apresentou ao voto uma lei para a descriminalização. O Bloco votou as leis do PS e do PCP para a descriminalização. Os votos do Bloco nunca falharam a nenhuma votação de nenhuma lei ou de nenhuma iniciativa que vá no sentido da descriminalização. Escrever que o Bloco se recusa a mudar a lei no parlamento é uma grosseira mentira.

O QUE O BLOCO NÃO FAZ, MAS FAZ O PCP
O que o Bloco não fez, ao contrário do PCP, foi juntar-se à direita para rejeitar o referendo. Porque é preciso que haja maioria no parlamento para votar a lei sem referendo – e os votos do Bloco e do PCP não são suficientes para isso. O PS impõe o referendo e, perante este facto, só há duas atitudes: ou juntar-se à direita para adiar o mais possível o referendo e portanto a solução do problema, o que o PCP tem feito, ou procurar que esse referendo se realize o mais depressa possível e nas melhores condições, o que o Bloco tem defendido. Mas que haverá referendo, disso não há dúvida.


UM PARTIDO QUE FOGE AO COMBATE NÃO TEM VALOR
Pode perceber-se que, perante a vitória tangencial do “não” no referendo não vinculativo anterior, haja na esquerda quem tenha medo do novo referendo. Porque pode permitir demagogia, pressões, ataques de sacristia – e isso tudo acontecerá certamente. Mas um partido que foge ao combate não tem valor. Argumentar que o campo do “não” está organizado, como o tem feito o PCP, só deve sugerir que o campo do “sim” se organize, e não que se fuja ao confronto, para depois chegar despreparado no dia do confronto. Fugir à responsabilidade não é responsável. Nem em nome do sectarismo e do medo.


Pedro Sales, in "Esquerda"

quarta-feira, julho 05, 2006

JÁ ESTÁ ON-LINE O NOVO PORTAL "ESQUERDA"

Visite o novo portal "Esquerda", em http://www.esquerda.net/
Tudo, ou quase tudo, o que interessa à esquerda, com vários assuntos de actualidade.
Absolutamente imperdível !

terça-feira, julho 04, 2006

ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA EMPRÉSTIMO "TAPA-BURACOS"

BLOCO VOTA CONTRA DERIVA FINANCEIRA

A Câmara propôs à Assembleia Municipal a contracção de um empréstimo de até 465810 euros, classificado como sendo para "saneamento financeiro".
Este empréstimo veio evidenciar, uma vez mais, as enormes dificuldades financeiras da Câmara.
Como o Bloco já havia alertado, está demonstrada a incapacidade da autarquia para gerar excedentes. O próprio Director do Departamento de Administração Geral e Finanças do município reconhece que "dificuldades conjunturais também se reflectem na autarquia, cujos recursos financeiros pouco mais cobrem do que as necessidades de funcionamento.”

Ora estando a autarquia a consumir praticamente todos os seus recursos financeiros com as necessidades de funcionamento,
como pensa a gestão fazer face aos compromissos para com os seus credores?
UMA DÍVIDA ENORME
Sendo a divida actual de 5.034.625,33 € e estando ainda por facturar 2.560.168,12 € comprometidos, quando os diversos credores lançarem as respectivas facturas, rapidamente a Câmara estará com uma divida de 7.684.793,45 €. Isto partindo do pressuposto que todas as futuras aquisições serão pagas a pronto de pagamento, o que não é plausível.

Pelo caminho que a gestão financeira da autarquia vem tomando, estava mais que previsto, que a curto prazo se colocaria a necessidade de novo empréstimo para “saneamento financeiro”. Aqui temos de falar em saneamento financeiro entre aspas, pois que o que propuseram foi um mero expediente de cosmética, para acudir a uma situação mais urgente, e não como do empréstimo para saneamento financeiro aprovadono inicio da anterior mandato.
Nessa altura, tratou-se de facto de sanear a divida então existente, permitindo que o executivo, partisse de uma situação de dividas nulas, o que pressuporia uma gestão oposta à que na altura se criticava e se cria diferente.
UMA GESTÃO FINANCEIRA CAÓTICA
O que o PSD pediu à assembleia Municipal foi que abonasse a favor da gestão caótica da maioria do PSD, e portanto que dessemos o nosso voto favorável a esta deriva desastrosa e incompetente.

Todavia nós perguntámos:
não haveria outra possibilidade de ultrapassar esta situação?

Esta pergunta é tão pertinente, quanto é forçoso questionarmo-nos para onde vão os valores de receitas extraordinárias que a maioria do PSD tem arrecadado com a sucessiva venda ao desbarato de áreas de cedência obrigatórias em sede de PDM, com que tem presenteado os operadores imobiliários.

Se nos lembrarmos que o montante global recebido por áreas não cedidas, conforme aprovado na reunião camarária de 5 de Junho -- e só nessa! -- foi de 152.696 euros, todos reconhecerão que a nossa interrogação tem toda a pertinência.

O Bloco de Esquerda não pactua com esta politica financeira desastrosa, nem legitima esta acção a caminho do abismo. Daí termos votado contra contra o pedido de empréstimo solicitado.

segunda-feira, julho 03, 2006

ENTRONCAMENTO, CIDADE "PROBLEMÁTICA"


ESCOLHE OUTRA...

Numa notícia do matutino Público sobre o novo modelo de policiamento de proximidade testado em Abrantes, considera-se o Entroncamento como um caso problemático e, portanto, não recomendável para testar o novo modelo de policiamento.
O Público desenvolve a sua notícia com base em informações de Levy Correia, Comandante Distrital da PSP
Para aquele matutino "a entrada no projecto-piloto de outras cidades mais problemáticas, como é o caso do Entroncamento, seria bastante mais difícil na fase experimental, em que a aprendizagem do dia-a-dia é muito importante. Para Levy Correia, a cidade de Abrantes combina as características urbanas de uma cidade em forte crescimento com aspectos de alguma ruralidade (...)", razão por que foi a escolhida para este projecto-piloto.

ANÓNIO BRANCO, RESPONSÁVEL DA ARS, ESTEVE NA ASSEMBLEIA DA COMURB

MUITA PARRA E POUCA UVA

A Assembleia da Comunidade Urbana do Médio Tejo reuniu em Tomar, no passado Sábado de manhã, para ouvir António Branco, da ARS, explicar as transformações em curso no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).
A reunião acabou por ser algo frustrante pois António Branco, depois de historiar o processo e remeter as mudanças em curso para um plano que já vem de 1998, pouco adiantou depois sobre várias questões concretas colocadas por várias bancadas. Antes se ficou pelo enunciado de um conjunto de princípios gerais (como o da complementariedade) que, em rigor, já ninguém contesta.

De facto, depois de andarem a remeter as explicações para um projecto ainda em aberto, a justificação para as mudanças em curso passou a ser, de há tempos para cá, o tal plano de 98. Mas, entre várias questões concretas, continuam por explicar o fim das urgências pediátricas nos 3 hospitais, o sub-aproveitamento dos meios auxiliares de diagnóstico, o critério para a distribuição de valências, o fracasso da política de cuidados primários de pediatria, etc.

DUAS PERGUNTAS, ZERO RESPOSTAS... OU LÁ PERTO!
O Bloco perguntou que consequências teria o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (o famoso PRACE) no sistema de Saúde do Médio Tejo. António Branco apenas confirmou o fim da Sub-Região de Saúde de Santarém. Não se referiu à informação, que antes nos fora dada pelo Governador Civil de Santarém, que no âmbito do PRACE passaria a haver um responsável (ou uma equipa responsável) pela Saúde do Médio Tejo. Ou António Branco não disse tudo, ou um dos dois anda mal informado,... ou (como sugere o semanário Expresso desta semana) o governo já estará a recuar com o PRACE....

O Bloco perguntou ainda quando é que o CHMT passaria a assegurar que a unidade hospitalar onde é feita a entrada do doente passaria a ser o mesmo do da alta -- "princípio do retorno" que o próprio António Branco reconheceu que fazer"parte do projecto". Aí, António Branco já nada garantiu.

OS PESADELOS DE MIGUEL RELVAS
Segundo havia sido aprovado pela própria Assembleia, esta reunião deveria ter acolhido as explicações de mais responsáveis, entre os quais o Presidente do CHMT, Silvino Alcaravela. Além de não convidar mais ninguém senão António Branco, a Mesa (PSD) da Assembleia da COMURB rejeitou também a sugestão do "Grupo da Saúde" constituído no âmbito da própria Assembleia, para um convite à participação naquela reunião a todos os autarcas do Médio Tejo interessados no assunto.

A explicação de Miguel Relvas, Presidente (PSD) da Assembleia, foi a de que não queria transformar aquele orgão num "plenário sindical", o que notoriamente lhe provoca pesadelos...
A comparação é, além do mais, claramente despropositada. Como consequência ficaram privados das explicações os muitos autarcas, de várias Assembleia Municipais, que se vêm revelando preocupados sobre a reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

sábado, julho 01, 2006

PSD ABRE PORTAS A PRIVADOS NO NEGÓCIO DAS ÁGUAS


VOTOS DO BLOCO, DO PS E DO PCP FORAM INSUFICIENTES PARA TRAVAR MAIORIA PSD NA ADESÃO À EMPRESA ÁGUAS DO CENTRO

A Assembleia Municipal decidiu por maioria, nesta Sexta-Feira à noite, únicamente com os votos a favor do PSD, abrir caminho à privatização do fornecimento de água no concelho, ao aprovar a adesão à empresa àguas do Centro.
Trata-se de uma má decisão para o concelho: levará a aumentos nos preços cobrados pela água e pelo saneamento e entregará á lógica dos negócios a gestão da água -- recurso essencial á vida, escasso e determinante para o equilíbrio do ambiente.

Ver post anterior, sobre este mesmo assunto

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO ENTRONCAMENTO APROVA MOÇÃO APRESENTADA PELO BLOCO



FUTURO DO MUSEU FERROVIÁRIO EXIGE PRESERVAÇÃO IMEDIATA DE PATRIMÓNIO

A Assembleia Municipal do Entroncamento aprovou, nesta Sexta-Feira e por unanimidade, a Moção apresentada pelo Bloco e que a seguir se transcreve na íntegra.

"De há anos para cá, têm sido reiteradas as notícias, dando conta da degradação de valioso património ferroviário, quer devido ao natural efeito do abandono e do tempo, quer como resultado de roubos e de actos de vandalismo.

Estarão, pois, em risco peças de grande valor museológico, um património que é nacional mas a que esta cidade está especialmente ligada, a acolher futuramente no Museu Nacional Ferroviário, com sede no Entroncamento.

Na reunião havida entre a Comissão Permanente da Assembleia Municipal e o Sr Presidente da Fundação Ginestal Machado, Engº Carlos Frazão, ficou patente a incapacidade desta Fundação acautelar e recuperar este património, a curto prazo. Essa mesma incapacidade acaba por ser reafirmada, em recente entrevista recente do Presidente da Fundação a um matutino de referência.

Essas peças e equipamentos são propriedade da CP, da EMEF e da REFER, empresas estatais, pelo que se afigura estranho que, por um lado o Estado invista no Museu Ferroviário mas, por outro lado, assista passivamente à degradação paulatina --- e, por vezes, irreversível --- do seu património futuro.

Daí, a Assembleia Municipal do Entroncamento:

- Manifestar a sua preocupação pela contínua degradação de tão importante espólio ferroviário;

- Recomendar ao Governo, através do Ministério da Cultura, que intervenha junto da CP, da EMEF e da REFER, no sentido de rapidamente serem criadas condições para impedir a degradação, bem como garantir a segurança de todo o património referenciado com valia museológica, de forma a evitar a perda irreparável de espólio de valor único, quer ao nível nacional, quer ao nível intern
acional."